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Mostrando postagens de janeiro, 2022

A filha perdida

a lua do céu ainda é cheia, coerente com a minha interna. mas aqui dentro, sou apenas minguante. passei a semana atravessada por tantos desafios e tantas emoções que precisei sentar para escrever, antes que minha cabeça exploda com tanta tagarelice.  minha irmã, marido e filha acabam de sair de casa para me deixar sozinha. fui fiel comigo mesma ontem e pedi esse tempo. é claro que 'o sair de casa' nao foi assim tão fácil. ate acomodar todas as necessidades e atividades, já me via ansiosa, como se o adeus nao fosse nunca chegar. e bastou que eles saíssem para eu começar no drama da priorização; entre tomar um banho demorado, ler um livro, atualizar as tarefas no computador, varrer a casa e tantas outras tarefas que se acumulam, cada uma com a sua necessidade de ser cumprida, escolhi sentar para escrever. sinto que preciso para acalmar a mente e o coração. acendo uma vela, para que o fogo me ajude a iluminar o lado interno que quer falar. muitos gatilhos foram acionados nos últim