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Mostrando postagens de 2008

Penso.......logo vivo- "Papo de amigo"

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Esse foi o fim de semana de brindar às amizades. No sábado almocei com a Gi e com a Isabelita. E no Domingo rolou o "amigo-oculto anual dos amigos". Como nos velhos tempos!!!! A amizade é mesmo incrível, mesmo após 2 anos longe é como se eu nunca tivesse saído do Brasil: muitas confissões, sorrisos, brincadeiras e cumplicidade. Mas uma coisa mudou: o conteúdo das conversas. É muito impressionante ver como os assuntos vão mudando conforme o tempo vai passando e conforme o desenrolar das nossas vidas. No sábado me senti num capítulo de "Sex and the City". Três mulheres belas, independentes e bem resolvidas trocavam figurinhas sobre seus últimos relacionamentos ao mesmo tempo que tentavam entender o "x" da questão. Complexo......muito complexo!! Entre muitas risadas abrimos o cofre e o coração e liberamos nossas "grandes" histórias. Vale ressaltar que o sexo fez parte de 85% da conversa. Coisas de mulher à beira dos 30!! Hahahahaha No Domingo já foi

Noite feliz

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Foi especial!! O Natal de 2008 vai ficar na memória, para sempre. Fomos para a casa da Tia Haydeé, com direito à banquete, oração antes da meia noite, brincadeira e amigo-oculto. Depois de ouvir o Tio Sérgio ler um lindo texto (de arrepiar os cabelos) os fogos anunciaram a boa nova: "Era Natal". Nos abraçamos todos e eu enchi meus pulmões de coragem para dizer "Eu te amo" aos membros da minha família. Pode parecer tarefa fácil, mas para mim não é. Aliás, nunca entendi porque sempre tive facilidade para dizer as três palavras mágicas aos meus namorados, mas sempre tive uma trava quando se tratava dos meus pais e irmãos. Independente disso, naquela noite uma força divina me impulsionou e eu deixei que meu coração falasse mais alto. Também foi bom ouvir dos tios e primos "Que bom que você está aqui conosco". Depois dos cumprimentos fizemos uma brincadeira criada pela Camilinha (Prima mais linda do mundo!!!) que me rendeu o título de "Mais organizada"

Re-adaptação

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Estou em crise (controlada, é verdade!!). Depois da euforia da chegada e das visitas durante a semana, começo a sentir o peso da mudança em minhas costas. Ando preguiçosa demais, ainda que tenha uma lista kilométrica de ações que eu insisto em não fazer. Estou tentando vencer a inércia, mas o meu corpo quer ficar na cama até "as tantas" e ele está mais forte que a minha mente nesse período. Aliás, a pobrezinha anda tão confusa que parece que vai explodir, espalhando meus pensamentos para todos os lados. Esse Domingo passei horas tentando entender as escolhas humanas de cada um, tentando falar para mim mesma que EU não posso resolver os problemas alheios como se eles fossem meus. E não adianta conversar, gritar, espernear. A solução é conformar-se que cada indivíduo é responsável por seus próprios sofrimentos e ninguém tem o direito de dividir o "peso da cruz". Eu quero ajudar, mas nunca terei a cura para todos os males. Não sou Deus para mudar àquilo que já foi escr

Money...money

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Tô matando cachorro à "psiu" para economizar no grito!! Mal me adaptei ao verão carioca (que de verão não tem nada) e já estou tendo ataques cardíacos com os patamares absurdos dos preços. Comida, roupas, aluguel, até o sagrado chopp.....está tudo pela "hora da morte". Não sei não, mas tenho a impressão que o Rio de Janeiro está vivendo um colapso. Ando conferindo os salários e eles parecem não acompanhar o preço das coisas por aqui. Fico me perguntando como pode um ser humano, com salário mediano, conseguir sobreviver nessa selva de pedras. Tá difícil....muito difícil. Semana passada fui com minha irmã naquele shopping gigantesco. Me surpreendi com o preço dos presente Natalinos. E me surpreedi mais ainda com a quantidade de pessoas de sacola na mão. Das duas uma: Ou eu estou exagerando ou as pessoas estão todas endividadas até o último fio de cabelo. Alguém me explica como esse povo consegue sobreviver? Alguém, por favor?? No status de desempregrada-falida-combali

Desafio de Natal

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Recebi este desafio da amiga do "Mercado". E como não posso contrariá-la, resolvi cumprir minha tarefa justamente na semana que antecede essa data tão especial. O que significa para mim o Natal? Sem dúvida este ano vai significar algo muito especial. Eu adoro Natal e acho que é uma data em que nossos corações se enchem de alegria e amor mesmo que não tenhamos motivos para tanto. Mas a própria data já nos remete à boas lembranças: recomeço, renascimento, esperança, sorriso de criança, abraços afetuosos, cheiro de doce, perdão, panetone, presente e família. É uma data em que todos parecem estar na mesma sintonia, transmitindo boas energias. É uma época em que a solidariedade e a compaixão tocam profundo até nos corações mais rudes. É uma data diferente, na qual o mundo parece mais colorido (ainda que preto e branco). Também gosto de Natal porque é o momento em que esquecemos a correria diária e fazemos um esforço para nos reunirmos com àqueles amigos que não vemos hà um ano.

Penso.....logo vivo - "A vida NÃO imita a arte"

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Nesses últimos tempos assisti muitas comédias românticas, vi muitos realities shows italianos e tive overdose de "Sex and the city". Com tanto conteúdo sentimental, acabei percebendo que as grandes histórias de amor, com direito à príncipe e princesa, só existem mesmo na ficção. E a vida real não imita a arte nesse quesito. Bem que poderia!!! Já cheguei à conclusão que os reencontros cinematográficos, provas de amor, presentes românticos e declarações na praia só acontecem entre as quatro paredes.....de um estúdio de gravação. É "duro" de engolir, mas o romatismo está fora de moda. Não serve mais para nossos homens de carne e osso. E olha que eles nem precisariam ser perfeitos. Quem é que não gosta de um príncipe que também é sapo de vez em quando? Que o ser humano é repleto de imperfeições, isso todos já sabemos. Mas bem que as relações modernas poderiam preservar um mínimo de encanto. E os homens poderiam esforçar-se um pouco para serem mais sensíveis, o suficient

Lista de desejos

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Uma das vantagens de estarmos longe de casa é que aprendemos a valorizar os pequenos prazeres da vida: pequenos momentos, algumas guloseimas, simples rotinas. Enfim, tudo àquilo que deixa de fazer parte do nosso dia-a-dia pelo simples fato de não estarmos em nossa terra natal. Ao longo dessa minha experiência de intercâmbio, sofri isso "na pele" e me deliciava imaginando algumas atrações brasileiras. E já que retornei, preparei uma lista dos desejos repleta das coisas boas da vida. Por enquanto tenho muita coisa para me entreter nesse princípio de vida nova. Só está faltando o dinheiro para conseguir fazer isso tudo. 1) Chedar Mc Melt (especialidade Brasileira do Mc Donald); 2) Milk Shake de Ovomaltine do Bob's (mal batido); 3) Manekineko; 4) Churrascaria (para devorar picanha e palmitos gigantes); 5) Chopp do Devassa; 6) Sambinha de roda na Glória; 7) Lapa; 8) Camarão do clube Guanabara; 9) Costelinha do Outback; 10) Árabe de Laranjeiras; 11) Estrela da Lapa; 12) Tapioca

Penso.....logo vivo - "Imigração"

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Ao longo desses meses eu vivi muitas experiências que me induziram ao tema "migração". Vivi e trabalhei 14 meses em Portugal (por vontade própria), e depois ainda vivi e trabalhei 6 meses na Alemanha. Durante esse período convivi com amigos emigrantes portugueses e até fiz parte de um grupo carinhosamente entitulado "emigretes". Além disso, sofri na pele uma dura experiência de deportação (como turista) e fui impedida de cruzar outro país sem visto (dessa vez de forma mais branda). Também vi algumas cenas chocantes ao longo da minha jornada pela Europa que deixaram meu coração apertado e meus olhos cheios de lágrimas. Mas afinal, o que leva um ser humano a largar o seu país (por pior que seja) para tentar um futuro melhor num território desconhecido? É claro que as razões que fazem com que meus amigos portugueses vivam na Alemanha, não é a mesma que levam paquistaneses à arriscarem suas vidas na travessia da Grécia para a Itália ou milhares de brasileiros emigrarem

O bom filho à casa torna

Chegou o grande dia, o momento de voltar às minhas raízes e ao meu país. Parecia que nunca iria chegar, mas chegou....e até bem rápido. Mas eu estava calma, sem ansiedade ou aflições. Estava apenas voltando para casa, após 22 meses. Subi no avião às 9:30 e passei 10 longas horas entre turbulências, meu diário e pequenos cochilos. Na chegada foi impossível conter as lágrimas. Ainda estava claro e pude ver o Rio de Janeiro (Lindo!!!) enquanto sussurava o "Samba do Avião", do Maestro Tom Jobim. No aeroporto a Camila, a Elaine e a Tia Haydeé me esperavam. Demorei horas desde a descida da aeronave até entrar no carro, finalmente. A TAP, definitivamente, complica o processo de desembarque. No caminho, me divertia com algumas pequenas diferenças pela cidade. Quando cheguei em casa havia uma festa.....uma verdadeira festa brasileira. Alguns amigos, vovó, primos e tios me aguardavam com um abraço caloroso. Chorei, de novo. E aos poucos a casa foi enchendo de pessoas da família e amigo

O último adeus

Eu tinha que voltar à Braga para dar um último abraço aos amigos que lá ficaram. Alguns eu sei que poderei rever, em qualquer lugar do mundo. Mas com outros, talvez não tenha a mesma oportunidade. Fui até a Delphi e fui muito bem recebida. Cada abraço foi como uma recompensa para mim. Estava bastante feliz e ainda comi junto com a turma de "Compras" o famoso bacalhau assado. Depois do almoço, o tradicional cafezinho............ e mais abraços. No dia seguinte foi dia de relembrar os velhos tempos de Aiesec no bar do centro. A Dani, a Joana, o Henrique, o Pedro Claro, o Pedro Monteiro e a namorada fizeram daquela noite um encontro muito especial. Foi engraçado não sentir vontade de chorar no momento da despedida. Talvez seja a certeza de que terei a visita desses amigos especiais aqui no Brasil, independente do ano e do tempo que demore. Mas sei que nos veremos de novo. Na sexta-feira já voltava para Lisboa, para viver meus últimos dias de Europa ;)

Hola....Amigos.....

Entrei na Espanha de trem, sem nenhum problema. A primeira cidade onde parei foi Barcelona. Já a conhecia desde o ano passado, mas ficou faltando alguns pontos que eu queria ver nessa viagem. Passei apenas um dia e foi ótimo para explorar a arquitetura modernista da cidade. Além disso, ainda tive o prazer de conhecer a Marie, uma francesa que adora a Espanha. Almoçamos juntas e caminhei pelas famosas "Las Ramblas". Foi inevitável não lembrar da Marketa e do Henrique. No mesmo dia, segui rumo à Valencia. Cheguei de noite e tive um pouco de medo de caminhar até o hostel. Mas me enchi de coragem e segui adiante caminhando da estação até o outro lado da cidade. O hostel era incrível, cheguei a tirar algumas fotos mediante minha admiração com tamanha organização. Valencia é incrível!!! Uma localidade repleta de encantos e que deixa o turista "boquiaberto" mediante a beleza da "Cidade das Artes e da Ciência", um complexo que impressiona pela arquitetura e pela d

Longa trajetória rumo à França

Saí de Roma num trem noturno. Essa aventura foi um capítulo à parte. Aliás, a viagem até Marseille foi um longo capítulo: Roma-Gênova-Ventimiglia-Nice-Marseille. O terror do trem comparou-se com a viagem de Tessaloniki à Atenas: Pessoas estranhas, muita sujeira e um cenário do século passado. Me arrependi amargamente por não ter feito reserva e acabei ficando sem lugar para sentar já que, mediante àquele contexto, não queria ficar longe da minha mala. Depois de viajar quase 1 hora de pé e xingar todas as minhas encarnações, acabei encontrando uma boa alma. Um senhor italiano me cedeu seu lugar porque já desceria na próxima estação. Além disso, ainda me ajudou a colocar a mala no compartimento de cima. Só precisei ficar de olho porque o trem estava mesmo mal frequentado e fui alertada sobre os perigos de roubo....mais histórias para contar. No fim acabei dormindo um pouco e desci em Gênova às 5:30 para pegar outro trem até a fronteira. Na chegada à Ventimiglia, o clima de tensão pairava

E no caminho, alguns amigos....

Depois do fim do cruzeiro (Snif...Snif...), voltei à Patra. Mas dessa vez para pegar o Ferry Boat até Bari, na Itália. Lá no porto vi uma das cenas mais fortes de toda a viagem: cidadãos paquistaneses reuniam-se próximo aos navios, fugindo da polícias e outras autoridades presentes, na tentativa de embarcar rumo à um novo país. Esse cenário rendeu-me algumas reflexões sobre emigração. Triste.....muito triste. Passei toda a noite viajando num Ferry bem aconchegante e moderno. Dormi e pela manhã foi possível observar o nascer do sol. Uma combinação perfeita do céu alaranjado com o fundo azul do Mar Adriático. Na chegada à Bari, acabei por me desencontrar da Gabi e do Miguel. Falhas de comunicação. Mas depois de algumas horas já seguia para Putignano com o Gabriel no bando de trás do carro. Passei 3 dias junto com essa família linda e foi tempo suficiente para me apaixonar pelo pequeno Gabriel. Uma criança linda, simpática e cheia de energia. Adorei cada minuto ao lado desses amigos e sen

Enfim.....Grécia

Tenho que dizer que minhas expectativas não foram frustradas. Valeu a pena esperar tanto para conhecer a Grécia. Assim que cheguei em Tessaloniki recebi do Vasilis (meu couch hoster) as indicações para ir até a saída. Aquela noite eu precisava descansar (depois de toda a confusão da deportação). Mas no dia seguinte eu e o Conrad (um alemão engraçado que também estava hospedado na casa) fomos à praia. O visual não era de impressionar, mas valeu pelas horas de descanso e pelas conversas sobre o futuro. Em Tessaloniki fiquei todo um dia na internet e também fiz mais uma feijoada, mas dessa vez vegetariana. Na minha última noite cozinhei para a Nasta e para seus amigos. Foi um momento de confraternização interessante. E a minha experiência de couch com essa casal anarquista foi mesmo diferente. A casa deles era um completo caos e tive que me controlar para não dedicar um dia de férias para uma faxina completa no "cafofo". Mas depois percebi que isso acabaria por estragar o encant

Histórias de Deportação

Cheguei à capital Húngara e decidi apenas descansar no parque mais próximo enquanto aguardava o horário da viagem. Às 16:00 estava pronta para embracar. Foi quando o motorista me pergunta: "Where's your Visa"? "Visa, I don't need Visa to travel here". "Yes lady, but we'll cross Servia. You should have a visa to cross the country". Raios....Minha passagem estava comprada há mais de um mês e só agora que eu fico sabendo que preciso de Visto para cruzar a Servia?!! Tive apenas 10 minutos para pensar o que fazer, e resolvi arriscar. Entrei no ônibus sem saber o que poderia acontecer comigo. E claro que a viagem foi péssima...meus pensamentos voavam e meu estômago doía de nervoso. Mas eu rezava e pensava nos ensinamentos da minha mae:"Para tudo na vida existe solução". Para completar o cenário de terror, a TV do ônibus exibia um filme sobre tráfico de mulheres. Além disso, eu ainda lembrava das cenas de um filme sobre a guerra na Sérvia, q

Na rota dos antepassados

Sempre quis conhecer a Polônia. Talvez motivada pelos filmes do Holocausto ou por achar que deixei uma parte de mim naquelas terras. Minha primeira parada foi em Gdansk. Cheguei num Domingo de tarde. Fui direto para o dormitório encontrar a Gosia. Conversamos um pouco, nos preparamos e saímos para andar pela cidade. A Gosia é uma menina fantástica. Adora o Couchsurfing e vive recebendo hóspedes em seu pequeno quarto. Mais que rapidamente fui apresentada para duas estudantes e um Italiano (também do couchsurfing). Fomos todos juntos beber cerveja quente, uma tradiçao polaca. De lá fomos curtir a noite em Sopot, outro distrito próximo de Gdansk. Eu estava feliz com os novos amigos e com os preços baixos da Polônia. Depois da "gastança" na Escandinávia, aquilo parecia um refresco para meu bolso. No dia seguinte, a Gosia caminhou comigo pela cidade. E depois acabei indo passear de barco até o local onde foi iniciada a segunda guerra mundial. Gdansk foi totalmente destruída durant

Lá onde o vento faz a curva

Passei a tarde passeando em Bremen. Linda pequena cidade. Depois do tour, fui para o aeroporto e dormi por lá. Logo pela manhã tomei uma "cravada" de 30 euros por excesso de bagagem. E minha viagem estava apenas começando. Também precisei me desfazer de umas coisinhas. Foi bom para praticar o desapego aos bens materiais. Voei para Oslo e me encantei com a paisagem. Árvores vermelhas e amarelas coloriam a capital Norueguesa. A cidade é fantástica: poucos habitantes, muito organizada, com uma população lindíssima e paisagens memoráveis. Fazia muito frio e não larguei meu capuz amarelo por um minuto. Oslo é uma cidade cercada pelo mar, com águas claras de fazer inveja. Adorei o museu do barco Viking, a região do cais e a fortaleza de Akershus. De lá de cima foi possível admirar paisagens únicas e tirar belas fotos. Em Oslo eu conheci o Howard, um norueguês muito simpático que já conhecia o Rio. Conversamos sobre a sua viagem de 8 meses pelo mundo, sobre a dor de um relacionamen

Goodbye Deutschland

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Na manhã do dia 31 de Setembro comecei a minha grande jornada. Minha voz ainda estava embargada pelas lágrimas que há minutos antes derramara durante a minha despedida. O Luis e a Filipa me deixaram na estação de Hildesheim e foi difícil me segurar. Chorei de saudade, de incerteza, de gratidão. Foi difícil dizer Adeus à esses grandes amigos. Mas ao mesmo tempo que armazenava uma tristeza pela incerteza do próximo encontro, eu estava feliz. Muito feliz porque estava iniciando minha tão esperada aventura. Encerrava ali um capítulo da minha vida: Dava Adeus à Delphi, à minha casa (a primeira a gente nunca esquece), aos amigos da terrinha, ao status de estagiária. Começava um caminho sem volta. Viajei até Bremem e estava chovendo. Talvez fosse o céu chorando a minha partida. O fato é que eu também chorava por dentro. A Alemanha foi dura comigo. Por muitos momentos cheguei à detestá-la e desejei nunca ter pisado por lá. Mas naquele momento, eu só guardava as boas lembranças e estava satisfe

Europe Journey (Já estava devendo)

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Depois de perder meu diário no palm, deu preguiça para continuar a narrativa da viagem. Acabei por guardar os últimos acontecimentos apenas na minha mente. Mas essa viagem teve uma grande importância na minha vida: foi um sonho realizado, um capítulo completo, um momento histórico. Não dava para privar esse meu espaço de uma declaração (por menor que seja) desses últimos meses. Então vamos aos fatos, em pequenas partes, para que ninguém fique cansado. Foram 50 dias de viagem em versão solo. Pelo caminho encontrei antigos amigos e também reconheci novas amizades. Em cada parada uma nova e enriquecedora experiência de Couchsurfing. Talvez no retorno ao Brasil me torne uma embaixadora nessa magnífica idéia que ajudou a tornar a minha viagem inesquecível. Percorri 10.200 Km. Andei de avião, trem (ou será comboio??), ônibus, Navio, Ferry Boat. Acumulhei milhas de histórias e aventuras. Pensei muito, refleti, ponderei. Me irritei muitas vezes, mas sorri muito. Cheguei ao ponto de conversar

Há males.......

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.....que vem para o bem, como diz minha mãe. E dessa vez acabou por me favorecer. Eu havia comprado uma passagem Lisboa-São Paulo pela Alitalia antes mesmo de deixar a Alemanha. Com essa feia mania que tenho de economizar onde não se deve (Já estou a ver minha amiga Filipa acenar com a cabeça), acabei por cometer uma grande burrada: teria que voar Lisboa-Roma-São Paulo e ainda teria que arrumar forma de ir até o Rio na chegada ao Brasil. É claro que me arrependi, mas já não dava para voltar atrás. Por sorte, na segunda-feira desta semana fui ligar para a companhia e eles me informaram que o voô até Roma havia sido cancelado. Com isso, eu teria a possibilidade de solicitar a devolução do valor do bilhete. Daí encontrar uma passagem direto para o Rio foi fácil. Mais que rápido, liguei para a Itália, solicitei cancelamento da passagem e efetuei uma nova compra pela TAP. Meu voô sai amanhã (28/11), às 9:30. A previsão de chegada em solo carioca será às 17:45. Nesta hora, ainda terei o praz

Maré......

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Estou em viagem e aproveitando cada minuto da minha existencia nos meus ultimos dias de Velho Continente. Estou meio cansada, é verdade.....Mas estou aproveitando. E nao tem um dia que eu me arrependa de ter iniciado a jornada sozinha. Nao poderia ser mais perfeito porque quando viajamos sozinhos estamos mais abertos para conhecer novas pessoas. E tambem temos que aprender a (conviver sozinho) com os problemas que surgem. Alias, eles estao fazendo alguma sombra e eu tenho que conversar comigo mesma, como uma terapeuta maluca, para nao pegar o aviao de volta. Hoje iniciei o processo perigoso de falar sozinha em voz alta. As pessoas me olharam de forma estranha mas eu nem ligo. Nao me conhecem mesmo.....e tb nao entendem o que falo. Mas esse depoimento é apenas para apontar um problema técnico que tive essa noite e que me deixou mal....mesmo chateada. Estava no trem à caminho de Atenas. Um verdadeiro cenario de terror!!! Certamente pegar o trem na Central do Brasil até Magé seria melhor

Pé na estrada

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É realidade.......O momento mais esperado dos últimos meses já está acontecendo. Estou embarcada (desde terca-feira passada) numa viagem pós intercambio que me renderá muitas reflexoes, momentos curiosos, "perrengues", amigos pela estrada e muitas....mas muitas histórias para contar para meus filhos, netos e bisnetos. Hoje estou em Copenhagen mas já passei por Oslo (onde vivi muitos momentos emocionantes também). Na próxima semana estarei em Estocolmo, mas a caminho da Polônia....Enfim, estou ganhando o mundo, meus amigos. E com mochila das costas...... Até o meu retorno!!!

Para vocês

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Meus Amigos Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles. A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor,eis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade. E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos! Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências. A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida. Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar. Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos. Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e nã

Diário de Viagem

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Eu estive ausente, estive de férias, estava passeando. Fui ali fazer uma bela viagem de 27 dias com meus queridos pais pela Europa. Para completar a perfeição, fomos de moto-home e desbravamos lugares fantásticos por terra. Esta foi, sem dúvida, a realização de um grande sonho. Por todo o planejamento, expectativa e entusiasmo depositado nessa grande jornada, nada mais justo que detalhar os momentos mais importantes dessa aventura no Antigo Continente. Segunda-feira (dia 01/09) O início de Setembro começou agitado, com direito à mudança dentro de trailler. Foi sorte poder contar com a ajuda dos meus pais nesse momento. Também já não dava para pedir isso ao Luis e a Filipa. Eles que me ajudaram tanto ao longo desses meses, não mereciam passar por essa última prova de fogo. Passamos o Domingo empacotando malas, desmontando móveis e arrumando as coisas. A segunda-feira foi curta para tanta coisa. Acabamos chegando na loja do trailler atrasados. O ponto máximo do dia foi andar de g