Na rota dos antepassados

Sempre quis conhecer a Polônia. Talvez motivada pelos filmes do Holocausto ou por achar que deixei uma parte de mim naquelas terras. Minha primeira parada foi em Gdansk. Cheguei num Domingo de tarde. Fui direto para o dormitório encontrar a Gosia. Conversamos um pouco, nos preparamos e saímos para andar pela cidade. A Gosia é uma menina fantástica. Adora o Couchsurfing e vive recebendo hóspedes em seu pequeno quarto. Mais que rapidamente fui apresentada para duas estudantes e um Italiano (também do couchsurfing). Fomos todos juntos beber cerveja quente, uma tradiçao polaca. De lá fomos curtir a noite em Sopot, outro distrito próximo de Gdansk. Eu estava feliz com os novos amigos e com os preços baixos da Polônia. Depois da "gastança" na Escandinávia, aquilo parecia um refresco para meu bolso. No dia seguinte, a Gosia caminhou comigo pela cidade. E depois acabei indo passear de barco até o local onde foi iniciada a segunda guerra mundial. Gdansk foi totalmente destruída durante a guerra, mas reconstruída nos mesmos modelos da época. A cidade é linda...linda e tem uma atmosfera diferente. Após 3 dias, me despedi da Gosia com uma aperto no peito. Ela é mesmo uma menina encantadora. E Gdansk é inesquecível.
Fui de trem até Cracóvia. Foi uma viagem terrível por toda a madrugada. Mas sobrevivi (mal sabia que outras piores estavam por vir). Cheguei na cidade pela manhã e a Andrea estava me esperando. Descansei um pouco em sua casa e depois fui caminhar pela cidade. Sem sombra de dúvidas o mais marcante na minha estadia em Cracóvia foi a visita ao campo de concentração de Auschwitz-Birkenau. O clima é pesado, triste, os guias tem sempre o mesmo tom de voz e não existe espaço para sorrisos. Mas apesar da tristeza, das reflexões e das lágrimas que às vezes caem, é um lugar que emociona. Vai ficar na memória!
No dia seguinte ainda deu tempo para conhecer as minas de sal de Wieliczka. Passeio bem interessante!! Ainda saimos de noite para tomar umas cervejas com os amigos da Andrea.
Depois de Cracóvia, teria que seguir até Budapeste para pegar o ônibus até Tessaloniki. Optei por um trem noturno, com cama. Para minha surpresa, tinha sido premiada para dormir num compartimento com mais 5 homens que tinham o dobro do meu tamanho. Por sorte, na cabine ao lado, haviam apenas 2 meninas da Lituânia que aceitaram a minha companhia. Acabamos fazendo amizade e trocando contatos. E também conhecemos os 5 rapazes australianos. Foi uma viagem incrível, cheia de auto-astral. Ainda combinamos de nos encontrar no final da tarde, mas percebi que meu ônibus partiria às 16:00.
À essa altura, eu mal sabia a aventura que estava por vir.

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