Tempos difíceis

 Estamos vivendo tempos difíceis. Tão estranho que parece que estou vivendo numa matrix, como se todos os últimos acontecimentos fossem frutos de um pesadelo estranho, daqueles que vc anseia para acordar logo. 

Temos um lunatico genocida no poder, que mais parece a reencarnação piorada do Hittler. Cada família viveu uma experiência de perder alguém querido. Algumas não estão tendo tempo nem mesmo de viver o luto de uma perda e estão sendo atravessados por outra. No meu mundo interno, vi a perda do pai da Maria Alice, depois da Dona Marília, vi a partida repentina do meu primo Bruno e depois do Cristiano. Por fim, temos a notícia de um câncer que se espalha de forma avassaladora no meu sogro Tuffy. Agora acabou de receber a notícia da morte da Dona Diva. Enfim...tenho a sensação de que essa transição planetária não está sendo suave. Pelo contrário, ela está promovendo uma limpeza generalizada em tudo aquilo que acreditávamos ser essência, ser raiz, ser a base. Está nos fazendo refletir sobre tantas coisas, rever conceitos, mudar a importância, viver o agora sob um novo olhar, uma nova ótica. Está nos exigindo um equilíbrio emocional gigante, que está longe de ser coerente com a sociedade doente que estamos vivendo. E aí é que me pego pensando: em qual momento da civilização, passamos a errar tanto? Quando é que passamos a “coisificar” as coisas e deixar de sentir? Quando foi que nos desconectamos tão fortemente da nossa essência e da nossa natureza, gerando toda essa dor que parece não ter trégua? Em que momento da história deixamos o  “Ter” ser mais forte que o “Ser” e passamos a valorar nossas vidas e nosso legado, em função da roupa que usamos, do carro que dirigimos, das experiências de poder que tivemos? Por que? Para que? Qual o sentido de tudo isso que estamos vivendo agora? E será que vamos aprender alguma coisa com isso, não de forma individual, mas de forma coletiva? 

Respiro fundo pra decantar tanta coisa! Acabo de tomar a vacina da covid e só pude pensar nos meus primos que não tiveram a mesma oportunidade, e que faleceram deixando filhos e sonhos ainda por realizar. 

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