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Mostrando postagens de novembro, 2008

E no caminho, alguns amigos....

Depois do fim do cruzeiro (Snif...Snif...), voltei à Patra. Mas dessa vez para pegar o Ferry Boat até Bari, na Itália. Lá no porto vi uma das cenas mais fortes de toda a viagem: cidadãos paquistaneses reuniam-se próximo aos navios, fugindo da polícias e outras autoridades presentes, na tentativa de embarcar rumo à um novo país. Esse cenário rendeu-me algumas reflexões sobre emigração. Triste.....muito triste. Passei toda a noite viajando num Ferry bem aconchegante e moderno. Dormi e pela manhã foi possível observar o nascer do sol. Uma combinação perfeita do céu alaranjado com o fundo azul do Mar Adriático. Na chegada à Bari, acabei por me desencontrar da Gabi e do Miguel. Falhas de comunicação. Mas depois de algumas horas já seguia para Putignano com o Gabriel no bando de trás do carro. Passei 3 dias junto com essa família linda e foi tempo suficiente para me apaixonar pelo pequeno Gabriel. Uma criança linda, simpática e cheia de energia. Adorei cada minuto ao lado desses amigos e sen

Enfim.....Grécia

Tenho que dizer que minhas expectativas não foram frustradas. Valeu a pena esperar tanto para conhecer a Grécia. Assim que cheguei em Tessaloniki recebi do Vasilis (meu couch hoster) as indicações para ir até a saída. Aquela noite eu precisava descansar (depois de toda a confusão da deportação). Mas no dia seguinte eu e o Conrad (um alemão engraçado que também estava hospedado na casa) fomos à praia. O visual não era de impressionar, mas valeu pelas horas de descanso e pelas conversas sobre o futuro. Em Tessaloniki fiquei todo um dia na internet e também fiz mais uma feijoada, mas dessa vez vegetariana. Na minha última noite cozinhei para a Nasta e para seus amigos. Foi um momento de confraternização interessante. E a minha experiência de couch com essa casal anarquista foi mesmo diferente. A casa deles era um completo caos e tive que me controlar para não dedicar um dia de férias para uma faxina completa no "cafofo". Mas depois percebi que isso acabaria por estragar o encant

Histórias de Deportação

Cheguei à capital Húngara e decidi apenas descansar no parque mais próximo enquanto aguardava o horário da viagem. Às 16:00 estava pronta para embracar. Foi quando o motorista me pergunta: "Where's your Visa"? "Visa, I don't need Visa to travel here". "Yes lady, but we'll cross Servia. You should have a visa to cross the country". Raios....Minha passagem estava comprada há mais de um mês e só agora que eu fico sabendo que preciso de Visto para cruzar a Servia?!! Tive apenas 10 minutos para pensar o que fazer, e resolvi arriscar. Entrei no ônibus sem saber o que poderia acontecer comigo. E claro que a viagem foi péssima...meus pensamentos voavam e meu estômago doía de nervoso. Mas eu rezava e pensava nos ensinamentos da minha mae:"Para tudo na vida existe solução". Para completar o cenário de terror, a TV do ônibus exibia um filme sobre tráfico de mulheres. Além disso, eu ainda lembrava das cenas de um filme sobre a guerra na Sérvia, q

Na rota dos antepassados

Sempre quis conhecer a Polônia. Talvez motivada pelos filmes do Holocausto ou por achar que deixei uma parte de mim naquelas terras. Minha primeira parada foi em Gdansk. Cheguei num Domingo de tarde. Fui direto para o dormitório encontrar a Gosia. Conversamos um pouco, nos preparamos e saímos para andar pela cidade. A Gosia é uma menina fantástica. Adora o Couchsurfing e vive recebendo hóspedes em seu pequeno quarto. Mais que rapidamente fui apresentada para duas estudantes e um Italiano (também do couchsurfing). Fomos todos juntos beber cerveja quente, uma tradiçao polaca. De lá fomos curtir a noite em Sopot, outro distrito próximo de Gdansk. Eu estava feliz com os novos amigos e com os preços baixos da Polônia. Depois da "gastança" na Escandinávia, aquilo parecia um refresco para meu bolso. No dia seguinte, a Gosia caminhou comigo pela cidade. E depois acabei indo passear de barco até o local onde foi iniciada a segunda guerra mundial. Gdansk foi totalmente destruída durant

Lá onde o vento faz a curva

Passei a tarde passeando em Bremen. Linda pequena cidade. Depois do tour, fui para o aeroporto e dormi por lá. Logo pela manhã tomei uma "cravada" de 30 euros por excesso de bagagem. E minha viagem estava apenas começando. Também precisei me desfazer de umas coisinhas. Foi bom para praticar o desapego aos bens materiais. Voei para Oslo e me encantei com a paisagem. Árvores vermelhas e amarelas coloriam a capital Norueguesa. A cidade é fantástica: poucos habitantes, muito organizada, com uma população lindíssima e paisagens memoráveis. Fazia muito frio e não larguei meu capuz amarelo por um minuto. Oslo é uma cidade cercada pelo mar, com águas claras de fazer inveja. Adorei o museu do barco Viking, a região do cais e a fortaleza de Akershus. De lá de cima foi possível admirar paisagens únicas e tirar belas fotos. Em Oslo eu conheci o Howard, um norueguês muito simpático que já conhecia o Rio. Conversamos sobre a sua viagem de 8 meses pelo mundo, sobre a dor de um relacionamen

Goodbye Deutschland

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Na manhã do dia 31 de Setembro comecei a minha grande jornada. Minha voz ainda estava embargada pelas lágrimas que há minutos antes derramara durante a minha despedida. O Luis e a Filipa me deixaram na estação de Hildesheim e foi difícil me segurar. Chorei de saudade, de incerteza, de gratidão. Foi difícil dizer Adeus à esses grandes amigos. Mas ao mesmo tempo que armazenava uma tristeza pela incerteza do próximo encontro, eu estava feliz. Muito feliz porque estava iniciando minha tão esperada aventura. Encerrava ali um capítulo da minha vida: Dava Adeus à Delphi, à minha casa (a primeira a gente nunca esquece), aos amigos da terrinha, ao status de estagiária. Começava um caminho sem volta. Viajei até Bremem e estava chovendo. Talvez fosse o céu chorando a minha partida. O fato é que eu também chorava por dentro. A Alemanha foi dura comigo. Por muitos momentos cheguei à detestá-la e desejei nunca ter pisado por lá. Mas naquele momento, eu só guardava as boas lembranças e estava satisfe

Europe Journey (Já estava devendo)

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Depois de perder meu diário no palm, deu preguiça para continuar a narrativa da viagem. Acabei por guardar os últimos acontecimentos apenas na minha mente. Mas essa viagem teve uma grande importância na minha vida: foi um sonho realizado, um capítulo completo, um momento histórico. Não dava para privar esse meu espaço de uma declaração (por menor que seja) desses últimos meses. Então vamos aos fatos, em pequenas partes, para que ninguém fique cansado. Foram 50 dias de viagem em versão solo. Pelo caminho encontrei antigos amigos e também reconheci novas amizades. Em cada parada uma nova e enriquecedora experiência de Couchsurfing. Talvez no retorno ao Brasil me torne uma embaixadora nessa magnífica idéia que ajudou a tornar a minha viagem inesquecível. Percorri 10.200 Km. Andei de avião, trem (ou será comboio??), ônibus, Navio, Ferry Boat. Acumulhei milhas de histórias e aventuras. Pensei muito, refleti, ponderei. Me irritei muitas vezes, mas sorri muito. Cheguei ao ponto de conversar

Há males.......

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.....que vem para o bem, como diz minha mãe. E dessa vez acabou por me favorecer. Eu havia comprado uma passagem Lisboa-São Paulo pela Alitalia antes mesmo de deixar a Alemanha. Com essa feia mania que tenho de economizar onde não se deve (Já estou a ver minha amiga Filipa acenar com a cabeça), acabei por cometer uma grande burrada: teria que voar Lisboa-Roma-São Paulo e ainda teria que arrumar forma de ir até o Rio na chegada ao Brasil. É claro que me arrependi, mas já não dava para voltar atrás. Por sorte, na segunda-feira desta semana fui ligar para a companhia e eles me informaram que o voô até Roma havia sido cancelado. Com isso, eu teria a possibilidade de solicitar a devolução do valor do bilhete. Daí encontrar uma passagem direto para o Rio foi fácil. Mais que rápido, liguei para a Itália, solicitei cancelamento da passagem e efetuei uma nova compra pela TAP. Meu voô sai amanhã (28/11), às 9:30. A previsão de chegada em solo carioca será às 17:45. Nesta hora, ainda terei o praz