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Mostrando postagens de dezembro, 2008

Penso.......logo vivo- "Papo de amigo"

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Esse foi o fim de semana de brindar às amizades. No sábado almocei com a Gi e com a Isabelita. E no Domingo rolou o "amigo-oculto anual dos amigos". Como nos velhos tempos!!!! A amizade é mesmo incrível, mesmo após 2 anos longe é como se eu nunca tivesse saído do Brasil: muitas confissões, sorrisos, brincadeiras e cumplicidade. Mas uma coisa mudou: o conteúdo das conversas. É muito impressionante ver como os assuntos vão mudando conforme o tempo vai passando e conforme o desenrolar das nossas vidas. No sábado me senti num capítulo de "Sex and the City". Três mulheres belas, independentes e bem resolvidas trocavam figurinhas sobre seus últimos relacionamentos ao mesmo tempo que tentavam entender o "x" da questão. Complexo......muito complexo!! Entre muitas risadas abrimos o cofre e o coração e liberamos nossas "grandes" histórias. Vale ressaltar que o sexo fez parte de 85% da conversa. Coisas de mulher à beira dos 30!! Hahahahaha No Domingo já foi

Noite feliz

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Foi especial!! O Natal de 2008 vai ficar na memória, para sempre. Fomos para a casa da Tia Haydeé, com direito à banquete, oração antes da meia noite, brincadeira e amigo-oculto. Depois de ouvir o Tio Sérgio ler um lindo texto (de arrepiar os cabelos) os fogos anunciaram a boa nova: "Era Natal". Nos abraçamos todos e eu enchi meus pulmões de coragem para dizer "Eu te amo" aos membros da minha família. Pode parecer tarefa fácil, mas para mim não é. Aliás, nunca entendi porque sempre tive facilidade para dizer as três palavras mágicas aos meus namorados, mas sempre tive uma trava quando se tratava dos meus pais e irmãos. Independente disso, naquela noite uma força divina me impulsionou e eu deixei que meu coração falasse mais alto. Também foi bom ouvir dos tios e primos "Que bom que você está aqui conosco". Depois dos cumprimentos fizemos uma brincadeira criada pela Camilinha (Prima mais linda do mundo!!!) que me rendeu o título de "Mais organizada"

Re-adaptação

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Estou em crise (controlada, é verdade!!). Depois da euforia da chegada e das visitas durante a semana, começo a sentir o peso da mudança em minhas costas. Ando preguiçosa demais, ainda que tenha uma lista kilométrica de ações que eu insisto em não fazer. Estou tentando vencer a inércia, mas o meu corpo quer ficar na cama até "as tantas" e ele está mais forte que a minha mente nesse período. Aliás, a pobrezinha anda tão confusa que parece que vai explodir, espalhando meus pensamentos para todos os lados. Esse Domingo passei horas tentando entender as escolhas humanas de cada um, tentando falar para mim mesma que EU não posso resolver os problemas alheios como se eles fossem meus. E não adianta conversar, gritar, espernear. A solução é conformar-se que cada indivíduo é responsável por seus próprios sofrimentos e ninguém tem o direito de dividir o "peso da cruz". Eu quero ajudar, mas nunca terei a cura para todos os males. Não sou Deus para mudar àquilo que já foi escr

Money...money

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Tô matando cachorro à "psiu" para economizar no grito!! Mal me adaptei ao verão carioca (que de verão não tem nada) e já estou tendo ataques cardíacos com os patamares absurdos dos preços. Comida, roupas, aluguel, até o sagrado chopp.....está tudo pela "hora da morte". Não sei não, mas tenho a impressão que o Rio de Janeiro está vivendo um colapso. Ando conferindo os salários e eles parecem não acompanhar o preço das coisas por aqui. Fico me perguntando como pode um ser humano, com salário mediano, conseguir sobreviver nessa selva de pedras. Tá difícil....muito difícil. Semana passada fui com minha irmã naquele shopping gigantesco. Me surpreendi com o preço dos presente Natalinos. E me surpreedi mais ainda com a quantidade de pessoas de sacola na mão. Das duas uma: Ou eu estou exagerando ou as pessoas estão todas endividadas até o último fio de cabelo. Alguém me explica como esse povo consegue sobreviver? Alguém, por favor?? No status de desempregrada-falida-combali

Desafio de Natal

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Recebi este desafio da amiga do "Mercado". E como não posso contrariá-la, resolvi cumprir minha tarefa justamente na semana que antecede essa data tão especial. O que significa para mim o Natal? Sem dúvida este ano vai significar algo muito especial. Eu adoro Natal e acho que é uma data em que nossos corações se enchem de alegria e amor mesmo que não tenhamos motivos para tanto. Mas a própria data já nos remete à boas lembranças: recomeço, renascimento, esperança, sorriso de criança, abraços afetuosos, cheiro de doce, perdão, panetone, presente e família. É uma data em que todos parecem estar na mesma sintonia, transmitindo boas energias. É uma época em que a solidariedade e a compaixão tocam profundo até nos corações mais rudes. É uma data diferente, na qual o mundo parece mais colorido (ainda que preto e branco). Também gosto de Natal porque é o momento em que esquecemos a correria diária e fazemos um esforço para nos reunirmos com àqueles amigos que não vemos hà um ano.

Penso.....logo vivo - "A vida NÃO imita a arte"

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Nesses últimos tempos assisti muitas comédias românticas, vi muitos realities shows italianos e tive overdose de "Sex and the city". Com tanto conteúdo sentimental, acabei percebendo que as grandes histórias de amor, com direito à príncipe e princesa, só existem mesmo na ficção. E a vida real não imita a arte nesse quesito. Bem que poderia!!! Já cheguei à conclusão que os reencontros cinematográficos, provas de amor, presentes românticos e declarações na praia só acontecem entre as quatro paredes.....de um estúdio de gravação. É "duro" de engolir, mas o romatismo está fora de moda. Não serve mais para nossos homens de carne e osso. E olha que eles nem precisariam ser perfeitos. Quem é que não gosta de um príncipe que também é sapo de vez em quando? Que o ser humano é repleto de imperfeições, isso todos já sabemos. Mas bem que as relações modernas poderiam preservar um mínimo de encanto. E os homens poderiam esforçar-se um pouco para serem mais sensíveis, o suficient

Lista de desejos

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Uma das vantagens de estarmos longe de casa é que aprendemos a valorizar os pequenos prazeres da vida: pequenos momentos, algumas guloseimas, simples rotinas. Enfim, tudo àquilo que deixa de fazer parte do nosso dia-a-dia pelo simples fato de não estarmos em nossa terra natal. Ao longo dessa minha experiência de intercâmbio, sofri isso "na pele" e me deliciava imaginando algumas atrações brasileiras. E já que retornei, preparei uma lista dos desejos repleta das coisas boas da vida. Por enquanto tenho muita coisa para me entreter nesse princípio de vida nova. Só está faltando o dinheiro para conseguir fazer isso tudo. 1) Chedar Mc Melt (especialidade Brasileira do Mc Donald); 2) Milk Shake de Ovomaltine do Bob's (mal batido); 3) Manekineko; 4) Churrascaria (para devorar picanha e palmitos gigantes); 5) Chopp do Devassa; 6) Sambinha de roda na Glória; 7) Lapa; 8) Camarão do clube Guanabara; 9) Costelinha do Outback; 10) Árabe de Laranjeiras; 11) Estrela da Lapa; 12) Tapioca

Penso.....logo vivo - "Imigração"

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Ao longo desses meses eu vivi muitas experiências que me induziram ao tema "migração". Vivi e trabalhei 14 meses em Portugal (por vontade própria), e depois ainda vivi e trabalhei 6 meses na Alemanha. Durante esse período convivi com amigos emigrantes portugueses e até fiz parte de um grupo carinhosamente entitulado "emigretes". Além disso, sofri na pele uma dura experiência de deportação (como turista) e fui impedida de cruzar outro país sem visto (dessa vez de forma mais branda). Também vi algumas cenas chocantes ao longo da minha jornada pela Europa que deixaram meu coração apertado e meus olhos cheios de lágrimas. Mas afinal, o que leva um ser humano a largar o seu país (por pior que seja) para tentar um futuro melhor num território desconhecido? É claro que as razões que fazem com que meus amigos portugueses vivam na Alemanha, não é a mesma que levam paquistaneses à arriscarem suas vidas na travessia da Grécia para a Itália ou milhares de brasileiros emigrarem

O bom filho à casa torna

Chegou o grande dia, o momento de voltar às minhas raízes e ao meu país. Parecia que nunca iria chegar, mas chegou....e até bem rápido. Mas eu estava calma, sem ansiedade ou aflições. Estava apenas voltando para casa, após 22 meses. Subi no avião às 9:30 e passei 10 longas horas entre turbulências, meu diário e pequenos cochilos. Na chegada foi impossível conter as lágrimas. Ainda estava claro e pude ver o Rio de Janeiro (Lindo!!!) enquanto sussurava o "Samba do Avião", do Maestro Tom Jobim. No aeroporto a Camila, a Elaine e a Tia Haydeé me esperavam. Demorei horas desde a descida da aeronave até entrar no carro, finalmente. A TAP, definitivamente, complica o processo de desembarque. No caminho, me divertia com algumas pequenas diferenças pela cidade. Quando cheguei em casa havia uma festa.....uma verdadeira festa brasileira. Alguns amigos, vovó, primos e tios me aguardavam com um abraço caloroso. Chorei, de novo. E aos poucos a casa foi enchendo de pessoas da família e amigo

O último adeus

Eu tinha que voltar à Braga para dar um último abraço aos amigos que lá ficaram. Alguns eu sei que poderei rever, em qualquer lugar do mundo. Mas com outros, talvez não tenha a mesma oportunidade. Fui até a Delphi e fui muito bem recebida. Cada abraço foi como uma recompensa para mim. Estava bastante feliz e ainda comi junto com a turma de "Compras" o famoso bacalhau assado. Depois do almoço, o tradicional cafezinho............ e mais abraços. No dia seguinte foi dia de relembrar os velhos tempos de Aiesec no bar do centro. A Dani, a Joana, o Henrique, o Pedro Claro, o Pedro Monteiro e a namorada fizeram daquela noite um encontro muito especial. Foi engraçado não sentir vontade de chorar no momento da despedida. Talvez seja a certeza de que terei a visita desses amigos especiais aqui no Brasil, independente do ano e do tempo que demore. Mas sei que nos veremos de novo. Na sexta-feira já voltava para Lisboa, para viver meus últimos dias de Europa ;)

Hola....Amigos.....

Entrei na Espanha de trem, sem nenhum problema. A primeira cidade onde parei foi Barcelona. Já a conhecia desde o ano passado, mas ficou faltando alguns pontos que eu queria ver nessa viagem. Passei apenas um dia e foi ótimo para explorar a arquitetura modernista da cidade. Além disso, ainda tive o prazer de conhecer a Marie, uma francesa que adora a Espanha. Almoçamos juntas e caminhei pelas famosas "Las Ramblas". Foi inevitável não lembrar da Marketa e do Henrique. No mesmo dia, segui rumo à Valencia. Cheguei de noite e tive um pouco de medo de caminhar até o hostel. Mas me enchi de coragem e segui adiante caminhando da estação até o outro lado da cidade. O hostel era incrível, cheguei a tirar algumas fotos mediante minha admiração com tamanha organização. Valencia é incrível!!! Uma localidade repleta de encantos e que deixa o turista "boquiaberto" mediante a beleza da "Cidade das Artes e da Ciência", um complexo que impressiona pela arquitetura e pela d

Longa trajetória rumo à França

Saí de Roma num trem noturno. Essa aventura foi um capítulo à parte. Aliás, a viagem até Marseille foi um longo capítulo: Roma-Gênova-Ventimiglia-Nice-Marseille. O terror do trem comparou-se com a viagem de Tessaloniki à Atenas: Pessoas estranhas, muita sujeira e um cenário do século passado. Me arrependi amargamente por não ter feito reserva e acabei ficando sem lugar para sentar já que, mediante àquele contexto, não queria ficar longe da minha mala. Depois de viajar quase 1 hora de pé e xingar todas as minhas encarnações, acabei encontrando uma boa alma. Um senhor italiano me cedeu seu lugar porque já desceria na próxima estação. Além disso, ainda me ajudou a colocar a mala no compartimento de cima. Só precisei ficar de olho porque o trem estava mesmo mal frequentado e fui alertada sobre os perigos de roubo....mais histórias para contar. No fim acabei dormindo um pouco e desci em Gênova às 5:30 para pegar outro trem até a fronteira. Na chegada à Ventimiglia, o clima de tensão pairava