Pensamentos no trabalho

Nesse momento estou num evento do trabalho. Enquanto checo meu bate- papo pelo telefone celular e morro de inveja do meu marido que almoçou com a família no MAR, um gringo fala em inglês compulsivamente e (juro) me esforço para compreender com precisão suas palavras. Não sei se por desespero pelas notícias que ouço ou pela desmotivação que sinto, começo a pensar nos motivos que me trouxeram a trabalhar nessa empresa que estou hoje. Uma lista de possibilidades perpassam pela minha mente (quase fundida), mas não encontro a resposta. Recordo-me, ainda, que há 2 anos atrás a diferença salarial pesou e eu estava convicta que seria uma boa oportunidade. A verdade é que É uma boa oportunidade e uma possibilidade ímpar de participar de um momento único da história do Rio. Diria até do Brasil. Mas o fato é que passados 2 anos aprendi poucas coisas positivas e tive líderes que deixaram a desejar e não corresponderam às minhas expectativas, nem no quesito técnico e nem no comportamental. E admirar as lideranças é algo fundamental para manter a minha motivação em alta! 
Outro ponto que contribui para que o saldo da balança não seja tão favorável é o fato de que estou completamente fora da minha área de atuação e experiência e, embora tenha gasto uma dose considerável de energia para implementar processos e metodologias, nada foi adiante. 
E por mais que eu me engane dizendo todos os dias como um mantra que eu vou me adaptar a situação, temo que me falte força e vontade para percorrer essa estrada por mais 2 anos.
É aí que eu me questiono: O que faz um funcionário feliz? O que o motiva a acordar todos os dias e trabalhar incessantemente para dar resultado? Confesso que não tenho uma resposta pronta para essas dúvidas. Mas creio que o tempero principal é a vocação. Sim.....vocação!! Acredito que cada um de nós possui uma vocação especial e é nela que devemos apostar para sermos realizados no trabalho. Quem faz aquilo que ama tem como simples consequência o sucesso garantido. A vocação pessoal de cada um, potencializado pelos nossos talentos, nos faz alcançar os melhores resultados ye (o melhor) ajuda a causar impacto positivo e tranformar a vida daqueles que estão ao nosso redor. Apesar das dificuldades e das pedras que possam surgir no meio do caminho, trabalhar naquilo que somos vocacionados ajuda a nossa energia a fluir e nos torna merecedores  de uma felicidade espontânea. Lanço um desafio: pense nos profissionais de maior destaque e sucesso no mundo que, com brilhantismo, impactaram os seus setores de atuação! Qualquer um: Bernardinho, Senna, Steve Jobs, Amyr Klink, Bill Clinton, Fernanda Montenegro, Ana Botafogo. Cada um deles dentro da sua profissão fizeram história e impactaram a vida de muitos outros simplesmente pq eram apaixonados pelo que faziam. E obtiveram sucesso e reconhecimento através do trabalho! O segredo: escolheram uma profissão que amavam e o dia-a-dia tornou- se um prazer, ao invês de uma tortura. Aí a dedicação aumenta, o treino contínuo passa a ser uma meditação e a realização pessoal acontece. 
Mas então porque temos tantas dificuldades para aceitar o trabalho com prazer? Penso que nem sempre é fácil descobrir sua real vocação. Num mundo de tantas possibilidades e uma contínua busca pelos bens materiais, acabamos por escolher cedo demais aquilo que seremos. E além do prazer, pesam outras questões relacionadas às dificuldades familiares, problemas financeiros e falta de oportunidade. Além disso, somos muito jovens e com um autoconhecimento limitado. Aí o tempo passa, a vida caminha e, quando nos damos conta, uma vida inteira se foi, e sua essência se transformou. E você dedicou grande parte da sua vida e de seu tempo gastando enegia em algo que não lhe trás prazer. 
É por isso que "boto fé" nas vocações humanas, sejam elas quais forem. Tem pessoas que tem vocação para ajudar ao próximos, outras para cuidarem dos filhos, outras para se transformarem em executivos de sucesso. Seja qual for, precisamos investigar e conhecer nossas reais vocações e batalhar para transformar essa atividade no nosso "ganha-pão". Penso que esse é um bom caminho para a felicidade pessoal e para o desenvolvimento do mundo.

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