O mundo de possibilidades

Bem, que a minha cabeça anda um verdadeiro turbilhão, isso todos já sabem. Mas acho que aos poucos estou ficando louca. Falo comigo mesma e faço sessões de auto-terapia ao longo que quase todo o dia. Mas hoje foi demais!!! Em pleno mercado peguei-me divagando enquanto fazia minha singular comprinha.
Papel higiênico é um artigo curioso e comprá-lo aqui na Alemanha é quase uma aventura. Perdemos minutos, quiçá horas observando os coloridos desenhos das embalagens e também a dos rolos. Existem tons amarelados, rosados, azulados, que variam em diferentes intensidades....dos fortes aos pastéis. Uma verdadeira maravilha de arco-íris. E os aromas......Ah....é uma infinidade de possibilidades. Você pode escolher: quer cheirar à Jasmin, Camomila, Deluxe (será que isso é uma aroma) ou Floral? Eu procurei o aroma mentol, mas não encontrei. Acabei gastando horas na sessão e saí apenas com um pacotinho simples. Cor branca, sem cheiro, dàqueles mais baratos, pois no meio da minha reflexão, voltei a ter foco e alterei meu parâmetro de escolha. Afinal, quando falamos nesse assunto, o mais importante é a maciez, ou alguém ainda têm a pretensão de sair do banheiro cheirando à flores?
isto é a verdadeira conversa de m********
ResponderExcluirlol
Puro Plágio
ResponderExcluirVi isto e achei q se adequava a este post:
O que é um PEIDO para quem está CAGADO?
A expressão do título é conhecida de todos, mas o texto que a originou é menos.
É uma obra de Luis Fernando Veríssimo, sobre a obra veríssima que ele fez numa
viagem para Miami.
Aeroporto Santos Dumont, 15:30.
Senti um pequeno mal-estar causado por uma cólica intestinal, mas nada que uma
urinada ou uma barrigada não aliviasse.
Mas, atrasado para chegar ao ônibus que me levaria para o Galeão, de onde
partiria o vôo para Miami, resolvi segurar as pontas.
Afinal de contas são só uns 15 minutos de busão.
'Chegando lá, tenho tempo de sobra para dar aquela mijadinha esperta,
tranqüilo, o avião só sairía às 16:30'.
Entrando no ônibus, sem sanitários. Senti a primeira
contração e tomei consciência de que minha gravidez fecal chegara ao nono mês
e que faria um parto de cócoras assim que entrasse no banheiro do aeroporto
Virei para o meu amigo que me acompanhava e, sutil falei:
'Cara, mal posso esperar para chegar na merda do aeroporto porque preciso
largar um barro.'
'Nesse momento, senti um urubu beliscando minha cueca, mas botei a força de
vontade para trabalhar e segurei a onda.'
O ônibus nem tinha começado a andar quando, para meu desespero, uma voz disse
pelo alto falante: 'Senhoras e senhores, nossa viagem entre
os dois aeroportos levará em torno de 1hora, devido a obras na pista.'
Aí o urubu ficou maluco querendo sair a qualquer custo. Fiz um esforço hercúleo
para segurar o trem merda que estava para chegar na estação anus a qualquer
momento.
Suava em bicas. Meu amigo percebeu e, como bom amigo que era, aproveitou para
tirar um sarro.
O alívio provisório veio em forma de bolhas estomacais, indicando que pelo
menos por enquanto as coisas tinham se acomodado.
Tentava me distrair vendo TV, mas só conseguia pensar em um banheiro, não com
uma privada, mas com um vaso sanitário tão branco e tão limpo
que alguém poderia botar seu almoço nele. E o papel higiênico então: branco e
macio, com textura e perfume e, ops, senti um volume almofadado entre meu
traseiro e o assento do ônibus e percebi,
consternado, que havia cagado.
Um cocô sólido e comprido daqueles que dão orgulho de pai ao seu autor.
Daqueles que dá vontade de ligar pros amigos e parentes e convidá-los a
apreciar na privada.
Tão perfeita obra, dava pra expor em uma bienal.
Mas sem dúvida, a situação tava tensa. Olhei para o meu amigo, procurando um
pouco de piedade, e confessei sério:
'Cara, caguei!'
Quando meu amigo parou de rir, uns cinco minutos depois, aconselhou-me a
relaxar, pois agora estava tudo sob controle.
'Que se dane, me limpo no aeroporto', pensei.
'Pior que isso não fico'.
Mal o ônibus entrou em movimento, a cólica recomeçou forte. Arregalei os olhos,
segurei-me na cadeira mas não pude evitar, e sem muita cerimônia ou anunciação,
veio a segunda leva de merda.
Desta vez, como uma pasta morna. Foi merda para tudo que é lado, borrando,
esquentando e melando a bunda, cueca, barra da camisa, pernas, panturrilha,
calças, meias e pés.
E mais uma cólica anunciando mais merda, agora líqüida, das que queimam o fiofó
do freguês ao sair rumo a liberdade.
E depois um peido tipo bufa, que eu nem tentei segurar. Afinal de contas, o que
era um peidinho para quem já estava todo cagado...
Já o peido seguinte, foi do tipo que pesa. E me caguei pela quarta vez. Lembrei
de um amigo que certa vez estava com tanta caganeira que
resolveu botar modess na cueca, mas colocou as linhas adesivas viradas para cima
e quando foi tirá-lo levou metade dos pêlos do rabo junto.
Mas era tarde demais para tal artifício absorvente.
Tinha menstruado tanta merda que nem uma bomba de cisterna poderia me ajudar a
limpar a sujeirada.
Finalmente cheguei ao aeroporto e saindo apressado com passos curtinhos,
supliquei ao meu amigo que apanhasse minha mala no bagageiro do ônibus e a
levasse ao sanitário do aeroporto para que eu pudesse trocar de roupas.
Corri ao banheiro e entrando de boxe em boxe, constatei falta de papel higiênico
em todos os cinco.
Olhei para cima e blasfemei: 'Agora chega, né?'
Entrei no último, sem papel mesmo, e tirei a roupa toda para analisar minha
situação (que concluí como sendo o fundo do poço) e esperar pela minha
salvação, com roupas limpinhas e cheirosinhas e com ela uma lufada de dignidade
no meu dia.
Meu amigo entrou no banheiro com pressa, tinha feito o 'check-in' e ia correndo
tentar segurar o vôo.
Jogou por cima do boxe o cartão de embarque e uma maleta de mão e saiu antes de
qualquer protesto de minha parte 'Ele tinha despachado
a mala com roupas'.
Na mala de mão só tinha um pulôver de gola 'V'.
A temperatura em Miami era de aproximadamente 35 graus.
Desesperado comecei a analisar quais de minhas roupas seriam, de algum modo,
aproveitáveis.
Minha cueca, joguei no lixo. A camisa era história.
As calças estavam deploráveis e assim como
minhas meias mudaram de cor tingidas pela merda. Meus sapatos estavam nota 3,
numa escala de 1a 10.
Teria que improvisar.
A invenção é mãe da necessidade, então transformei uma simples privada em uma
magnífica máquina de lavar.
Virei a calça do lado avesso, segurei-a pela barra, e mergulhei a parte
atingida na água. Comecei a dar descarga até que o grosso da merda se
desprendeu. Estava pronto para embarcar.
Saí do banheiro e atravessei o aeroporto em direção ao portão de embarque
trajando sapatos sem meias, as calças do lado avesso e molhadas da cintura ao
joelho (não exatamente limpas) e o pulôver gola 'V', sem camisa.
Mas caminhava com a dignidade de um lorde.
Embarquei no avião, onde todos os passageiros estavam esperando o 'RAPAZ QUE
ESTAVA NO BANHEIRO' e atravessei todo o corredor até o meu assento, ao lado
do meu amigo que sorria.
A aeromoça aproximou-se e perguntou se precisava de algo.
Eu cheguei a pensar em pedir 120 toalhinhas perfumadas para disfarçar o cheiro
de fossa transbordante e uma gilete para cortar os
pulsos, mas decidi não pedir:
'Nada, obrigado.'
Eu só queria esquecer este dia de merda. Um dia de merda...
L. F. V(verídico)