Fazer o que se gosta (escrito em 20/06/2018)

Hoje o dia começou quente! Mau humor da colega de trabalho porque o carro não pega, fornecedor chato pedindo uma posição e te agredindo verbalmente pelo telefone e chefe à distância te dando patada como se você fosse uma idiota e forçando a fazer uma atividade que vc está resistindo porque está desalinhado com os seus valores. Aí desci para tomar um ar, respirar novos ares e fazer a pressão baixar antes que a emoção nos faça pegar a bolsa e entrar no primeiro ônibus rumo ao Rio. 
Qual o peso de trabalharmos 12 horas por dia em algo que não gostamos? Qual o impacto de desenvolver uma atividade em que você precisa abrir mão dos seus valores pessoais? 
Quais consequências o desalinhamento entre discurso e crenças x praticas trás para nosso corpo e nossa mente?
Minha última experiência profissional me mostrou que são imensuráveis, gigantescos, incalculáveis!! 
A mesma motivação que um trabalho bem feito e com propósito trás de satisfação e bem estar para nosso organismo! Sei que é a realidade de poucos, mas despender horas do dia, energia e pensamentos executando uma atividade que você não gosta (na verdade detesta e desalinhado com seu propósito) causa uma sensação terrível de insegurança, tristeza e ansiedade. E está mais do que comprovado que adoece.
Eu já pedi demissão e sei que estendi essa experiência por muito mais tempo do que deveria. Um dia como hoje só reforça a minha tomada de decisão e extingue completamente qualquer pensamento de dúvida. O fato de ter data e hora pra acabar colabora para que eu mantenha a tranquilidade, mas o trabalho continua sendo doloroso. É claro que agradeço por essa oportunidade, pois ela me fez enxergar tantas coisas que precisava, trouxe para a consciência comportamentos e que eu insisto em manter, embora queira fazer diferente. A gratidão sempre vai estar lá, dentro dessas experiências de dor. Mas sinto latente uma vontade de decidir diferente: de deixar meus medos e anseios de lado e confiar mais naquilo que está reservado. Tomar decisões mais coerentes com meu propósito de vida e transformar meu ganha pão em algo que me faça feliz todos os dias, apesar dos desafios.
Por isso, faço um compromisso pessoal aqui: no próximo mês, vou dizer sim apenas às coisas que acredito que vai me acrescentam de alguma forma na minha trajetória de trabalhar com educação. Vou começar a desenhar esse caminho com carinho e afeto, para que possa daqui há uns meses me sentir mais confortável com minhas escolhas, sem autoflagelo, culpas ou expectativas. 

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