Sempre é tempo para recomeçar....


Esta é a mensagem que está no meu messenger desde o início da semana. E tem um motivo para isso. A segunda foi um dia de renovação. Dia de olhar para frente mas lembrando do passado, tentando analisar os erros e acertos desses 7 meses de intercâmbio. O fato é que passou rápido demais, sem que eu tivesse percebido que a cada dia meu tempo ia diminuindo. Mas apesar de algumas incertezas, de às vezes me culpar por não ter atendido todas as metas estabelecidas, me sinto feliz e realizada porque sei que estou conseguindo atingir meu grande objetivo: A mudança. E para comemorar essa fase de renovação, nada melhor do que criar um blog (que deveria ter sido minha primeira ação por aqui). Mas para isso não há problemas, nem culpas, afinal, sempre há tempo para recomeçar.
POSTS ANTIGOS (Fonte: rmsmachado1.spaces.live.com)

Relato 1- 26/01/2007
Primeiro relato na Península Ibérica
"Após a calorosa despedida no aeroporto (comandada pela minha querida família e pelos meus amigos), entrei no avião um pouco chorosa mas feliz....muito feliz por estar dado este passo importante. Já no início da viagem fui puxando papo com um brasileiro sentado ao meu lado e que mora na Itália. Fomos conversando sobre muitas coisas, o que nos ajudou a passar o tempo. Dormi (desconfortavelmente) no avião e logo após tomar o café, já chegamos em Madrid. Tive que descer do avião para pegar a conexão até Porto e aí tive meu primeiro probleminha. Na Espanha é proibido levar na bagagem de mão produtos que contenham alcool (deve ser por causa do terrorismo). Então minha frasqueira foi revistada e tive que deixar por lá shampoo, condicionador, hidratantes etc... Fiquei triste, mas fazer o quê. É bom que vcs saibam quando vierem me visitar (heheh) que não devem levar esse tipo de produtos com vcs, e sim na mala que será despachada. Bom, vivendo e aprendendo.
O aeroporto de Madrid é lindíssimo (tirei fotos) e enorme. Para chegar de um terminal ao outro tive que pegar um trem (que existe dentro do aeroporto) e demorei em torno de 20 minutos para chegar até o outro terminal, de onde partiria meu próximo avião. Caminhei junto com os demais passageiros na pista de pouso até um “teco-teco” que me levaria até Porto. Senti medo, muito medo porque o avião tremia muito..mas cheguei a salvo me Porto.
Lá em Porto haviam muitas pessoas da Aiesec me recepcionando. Fiquei muito feliz durante a chegada. Mas tive problemas com uma das malas, que foi extraviada junto com a mala de outras pessoas. Fizemos o registro de ocorrência e o aeroporto nos prometeu enviar nossas coisas até o dia seguinte. De toda essa confusão, posso recomendá-los a não fazerem voôs com escala. Vale mais a pena pagar um pouco mais para voar diretamente até Porto. E acho que também é mais seguro. Mas esses pequenos imprevistos não tiraram meu humor e minha profunda sensação de felicidade.
Após a recepção no aeroporto, fui junto com os demais jovens para a Universidade do Porto, onde fica o escritório da aiesec. Conversamos bastante sobre muitas coisas e conheci outros jovens (também da aiesec). Durante o trajeto de carro, comecei a observar o ambiente ao meu redor e tive uma sensação engraçada. Tudo é muito diferente e me senti como se estivesse num filme. Foi aí que percebi o quanto somos grão de areia na imensidão desse planeta. E o quanto existem pessoas e lugares bem diferentes da nossa realidade. Sinceramente, é uma sensação que desejo a todos, porque é muito bom.
Em seguida viajamos até Braga (são aproximadamente 50 minutos de viagem de Porto) somente para pegar a Burcu (uma turca muito gente fina que eu irei substituir na empresa) e fomos para a sua casa. Seguimos para o shopping local comprar algumas roupas para que eu pudesse dormir, afinal, todas as minhas roupas de frio ficaram no aeroporto. E o frio é muito intenso. Aquele de doer o osso só de pensar. Mas estou resistindo bem.
Nessa mesma noite conheci minha nova moradia. Dividirei um apartamento bem localizado com mais 2 jovens. Cada um tem seu quarto e tudo parece muito bom. O meu apartamento fica ao lado do flat que a Burcu mora e isso está sendo muito bom pois ela está me dando todo o suporte. Além disso, existe uma outra Brasileira morando neste mesmo flat e acho que poderemos ser boas amigas.
O quarto é grande e confortável, mas ainda tenho que deixá-lo com a minha cara. Ainda terei tempo para comprar algumas coisinhas. Temos um banheiro, uma cozinha bem equipada e máquina de lavar roupa. Meu quarto recebe o sol da manhã, o que o mantém aquecido. E também tem uma varanda. Gostei bastante e já começarei a fazer alguns incrementos ainda esta semana. As coisas por aqui são absurdamente baratas se pensarmos em Euro, mas quando convertemos para reais fica mais ou menos o preço do Brasil. Mas nada muito absurdo.
Hoje (24/01) fui até a Delphi para conhecer as pessoas com quem irei trabalhar e também rodei toda a cidade para tirar a documentação necessária. Já tenho conta no banco, número de contribuinte, passe de ônibus (ou autocarro, como os Portugueses chamam), telefone celular (ainda não sei o número) e cadastro na empresa. O dia foi bastante produtivo. Lá em Porto eles tem um serviço muito prático: existe um prédio chamado “Loja do Cidadão” onde você encontra todos os tipos de serviços públicos necessários. Ou seja, é possível pagar impostos, contas, tirar documentos e realizar outros serviços tudo no mesmo lugar. É um único andar com boxes um ao lado do outro e você só precisa ir pegando as senhas para fazer o que deseja. Bem prático, rápido e interessante.
Amanhã será meu primeiro dia de trabalho e estou ansiosa para saber minhas atividades. Mas isso ficará para as próximas notícias.
Para finalizar, preciso dizer que estou adorando esta experiência. Realmente estou sendo muito bem recepcionada por todos os Portugueses. Eles são extremamente educados e simpáticos. Sem exceção, fui muito bem tratada todas as vezes que precisei da ajuda de um deles, seja no banco, na rua ou no mercado. Além disso, toda a experiência está sendo incrível.
Também queira agradecer a todos pelas demostrações de carinho no aeroporto, nos telefonemas e nas cartinhas. Tenham a certeza que isso me ajudará muito durante todo o intercâmbio.
Um grande beijo repleto de saudades."
Relato 2- 22/02/2007
Mais notícias....muitas saudades...

Ontem fizeram 4 semanas que estou em terras Portuguesas. Amanhã serão exatos 30 dias e o que posso dizer é que na média foi um ótimo período. Após a minha empolgada recepção, aos poucos fui entrando no ritmo de morar numa cidade pequena e de voltar ao batente (após alguns meses de moleza, hehehe). Na verdade, nas duas primeiras semanas foram muito difícies para mim. Senti falta de todo mundo, dos momentos em família, das farras com os amigos, da galera do trabalho. Além disso, tive alguns problemas com a turca que eu vim substituir. Acho que ela ficou com um pouco enciumada por estar sendo substituida e, em alguns momentos, me tratava com uma certa hostilidade. Essas situação, em conjunto com a minha carência e a saudade da minha vidinha, me deixaram um pouco triste. Mas durou pouco. Logo fui me animando e “tocando a bola para frente”. Estou fazendo amigos e começando a sair bastante. Existem muitos brasileiros por aqui, então fica mais fácil.
A partir de semana que vem sairei durante às manhãs para conhecer novos lugares. É porque trabalho durante todo o dia e quando volto para casa não dá tempo de fazer muita coisa. O turismo tem que ficar para o fim de semana. E nos últimos acabou chovendo bastante por aqui. Aliás, acabo de chegar à conslusão que vim parar no “pinico de Portugal” (como eles chamam Braga por aqui). Chove muito e ainda faz muito frio. Por isso, nem sempre tenho animação para sair. Mas a partir de semana que vem já decidi que “vou à luta” mesmo com guarda-chuva na mão. Já providenciei um bem grande para não ter problemas.
No trabalho as coisas também caminham bem. Ainda não tenho muitas atividades e estou inventando coisas para fazer. Estou propondo algumas mudanças nos relatórios que faço e, por enquanto, as alterações estão sendo bem aceitas. Meu chefe está gostando. Quando escolhi a vaga não tinha a dimensão do que era empresa. Só quando cheguei aqui é que me deparei com a realidade. A Delphi Grundig é uma empresa de grande porte e uma das mais famosas da cidade. É uma empresa bem estruturada e que emprega milhares de pessoas. Fiquei feliz por essa oportunidade tão boa. E também cheguei à conclusão que meu destino é trabalhar em produção mesmo, porque estamos num escritório localizado dentro da área produtiva e ainda trabalhamos com qualidade de fornecedores. Engraçado!! Tentei “escapar” mas acabei retornando às origens.
Outro ponto positivo dessa grande experiência está sendo morar sem meus pais. Não é nada fácil ter que limpar o quarto, a cozinha e o banheiro, lavar roupa, fazer comida etc. Estou aprendendo a valorizar os cuidados que nossas mães tem conosco. Não é mole não, mas estou gostando bastante. Posso garantir uma coisa: estou desenvolvendo minhas habilidades culinárias por aqui. Quem vai sair ganhando é o Marcelo....heheheh.
Bom pessoal, desculpe-me por sufocar vcs com mais uma bateria de informações, mas é a forma que eu encontrei de me manter em contato. Tentarei montar um blog com depoimentos e as fotos que estou tirando. Assim, queridos, vcs poderão partilhar desse meu momento.
Adoro todos vocês. Estou morrendo de saudades. Beijos e mais beijos. Rosane

Relato 3- 07/04/2007
Especial para a galera da @RJ

Dia 23/04/2007. Hoje faz exatos 3 meses que pisei pela primeira vez em solo português. E não poderia deixar deixar esta data passar em branco sem dar o meu relato desses 90 dias.
Primeiramente gostaria de declarar que o tempo está passando rápido demais. Não sei se essa sensação é relativa, já que estou adorando viver essa experiência. Mas a verdade é que o tempo passou num “piscar de olhos” e o meu discurso mudou. Agora eu digo que JÁ estou aqui há 3 meses ao invés do “Eu SÕ estou aqui há 2 meses”.
Mas o tempo está passando rápido porque está tudo muito bom. Já tenho muitos amigos e conhecendo mais gente a cada dia que passa. Em Braga tem muitos brasileiros (praticamente 70% dos meus amigos são de algum canto do nosso país) e até existe uma comunidade no orkut “Brasileiros em Braga”. Estou me divertindo muito, saindo e viajando bastante. Na Páscoa viajamos de carro pelo Litoral Norte de Portugal e conhecemos cidades e praias belísismas. Em Maio tenho passagem comprada para Barcelona. E tem muitas outras viagens que vocês podem ver por fotos. Também estou planejando minhas férias com meus pais que chegam aqui no dia 29/05. Enfim, tudo muito bom.
No trabalho as coisas caminham bem. Já conquistei meu espaço e a cada dia que passa assumo novas responsabilidades. Meus colegas de trabalho são muito bacanas e estou apendendo aos poucos a lidar com meu chefe. Ele é muito calado e fechado e ás vezes fico sem jeito de manter um diálogo. Gostaria de ter uma relação mais tranquila com ele, mas fazer o quê. Nem tudo pode ser perfeito.
O clima está começando a ficar quente e as pessoas por aqui ficam igual “baratas” saindo de casa para curtir o sol. É engraçado como esse povo curte o calor porque eles não têm o nosso clima o ano todo. São nessas horas que eu reflito sobre nosso país e nosso estilo de vida, totalmente diferente daqui. Os hábitos mudam conforme o tempo de sol que temos. E eu começo a ter saudade dos pequenos hábitos cariocas. Estou aprendendo a valorizar esses pequenos momentos da vida.
Minha interação com a galera da aiesec está muita boa. Tenho participado de muitos eventos: apresentação cultural, participação no processo seletivo, encontros de trainees etc. Mais eu ainda quero interagir mais. Porém, tenho uma certa dificuldade em função da distância da cidade onde moro para o CL de Porto. Mas tenho certeza que conseguirei resolver essa questão. Estamos tentando marcar uma reunião para falar sobre o meu trabalho lá e a VP de finanças está interessada em saber um pouco mais sobre o 5S. Quem sabe a gente não implementa aqui também. Já participei de dois Receptions Weekend e no primeiro fim de semana de Maio teremos outro. Está sendo muito bom participar desses eventos porque consigo matar as saudades da “aiesec way of life”, pelo menos durante um fim de semana. Aqui a aiesec tem um peso muito grande entre os jovens estudantes porque não sofre com a concorrência das empresas que oferecem estágios remunerados. Pela regra de estudos da Europa, um estudante só pode trabalhar ou fazer um estágio remunerado no final do seu curso. Então fica mais fácil, mas eles também sofrem um pouco com a baixa taxa de retenção.
Bom, pessoal. No mais eu posso adiantar que fazer um intercâmbio em qualquer lugar do mundo é uma experiência única e mágica. Estamos o tempo todo quebrando paradigmas, nos conhecendo melhor e ousando. Superamos muitos obstáculos e às vezes nos surpreendemos com nossas próprias reações. É uma grande escola, em que cada momento é valorizado. Estou realmente muito feliz por ter tomado a decisão de viver isso. As coisas que estou aprendendo por aqui, não têm preço. Sem dúvida estou mudando muito e aprendendo a ver a vida por uma nova ótica.
Então é isso aí!!! Me mandem notícias sobre a @RJ. Como andam as coisas? Como foi o Psel? Quem ainda continua trabalhando e quem está “mandando bem”? Quem quiser perguntar alguma coisa sobre o intercâmbio também, é só me mandar um email. Prometo que mandarei mais notícias...pelo menos um email por mês.
Relato 4- 21/06/2007
Comemoração Tripla.....

Esse mês farei 5 meses de intercâmbio. Nossa!!! Tá voando o tempo. Mas este mês a comemoração é especial, afinal, bem no dia 23/06 quando completarei 5 meses, estarei comemorando meu 26 aniversário e para aumentar a felicidade, com meus queridos pais aqui do meu lado. Que beleza!!!
As coisas aqui caminham muito bem. No trabalho estou agradando o chefe e fazendo muitas amizades também. Tenho 2 amigos (a Carla e o Paulo) que sentam pertinho de mim. Rimos o tempo todo e fazemos piadas com todo mundo. É divertido.
Também tenho me envolvido em várias atividades na Aiesec e não costumo ficar em casa aos fins de semana. Sempre tem coisas para fazer. Isso é muito bom. O único probleminha básico que tenho passado refere-se aos meus companheiros de apartamento. Vou me mudar no mês que vem para a casa de uma amiga que também é Brasileira. O problema é que eles andam entrando no meu quarto quando não estou e também comem a comida que eu compro. Apesar de ter ficado bastante irritada com algumas situações, estou levando na esportiva. Afinal, não é fácil dividir apartamento e eu estou usando esse evento como forma de amadurecimento. Muito positivo.
Meus pais chegaram no dia 29/05. Chorei quando vi os dois desembarcarem. Foi emocionante revê-los. Consegui tirar 12 dias de férias e fomos viajar para Paris e Londres. Foi muito divertido passar todos esses dias convivendo 24 horas por dia com os dois e isso rendeu muitas risadas. Foi uma verdadeira aventura: nos perdemos no metrô, fomos parar num bairro super esquisito de Paris, tomamos banho dentro de uma caixa, enfim, muitas histórias para contar. E valeu a pena cada minuto. E posso afirmar que esa viagem serviu para aumentar ainda mais minha paixão pelo Brasil. É muito interessante conhecer outras culturas, viver outras experiências, mas o nosso país é mesmo incomparável.
Mês passado fiz uma festa Brasileira aqui em casa com direito à feijoada e muita caipirinha. Os meus amigos portugueses adoraram e comeram tudo o que tinha. Fiquei orgulhosa porque já sei fazer feijoada para um batalhão. Já é o ensaio para meu retorno ao Brasil.
Bom, então é isso. Quem quiser olhar as fotos, é só entrar no meu livespace. Lá estão todos os principais momentos vividos por aqui. Mandem notícias porque estou com saudades.
Reflexão os 26 anos
A caminho de casa...

Hoje voltei caminhando do trabalho. Vim olhando a paisagem, observando as pessoas, pensando na vida. E que vida, que hoje completa 26 anos. Vim pensando nos principais momentos que marcaram os últimos 13 anos e cheguei à conclusão que foram muitos momentos. Alguns bons, outros nem tanto, mas o saldo certamente é mais do que positivo. É praticamente uma dádiva, uma sorte muito grande.
Lembrei dos aniversários....foram tantas comemorações. Pensei no de 15 anos que foi a maior demostração de amor de toda a minha família. Afinal, se deslocar 450 km para comemorar comigo foi demais. Adorei!! Lembrei dos 18 anos com gosto de independência comemorado numa boite, dos 13 com festa surpresa em São Paulo. Também lembrei dos 19 com os amigos. Impossível esquecer os 24 anos, com toda aquela big festa e um noivado bem no meio do parabéns. Agora estou aqui, comemorando meu 26 aniversário. Passa rápido....muito rápido. Além das comemorações também pensei na família, nos irmãos, nas brigas que já tivemos e também nos momentos de amor incondicional, mesmo que às vezes a gente não entenda o recado. Em seguida pensei nos meus pais. Impossível não lembrar desses pela qual tenho uma incrível admiração e respeito por tudo que conseguiram construir ao longo de tanta luta. E também é impossível não me emocionar quando penso nos momentos tão sublimes que vivemos. Nem tudo são flores e resolvi lembrar das brigas e nos motivos bobos que as causaram. Mas fiquei feliz por perceber que foram poucos comparados com os momentos de alegria: nas festas de família, nas conversas junto à mesa, nos domingos ao pé do sofá para ver a TV, nos conselhos antes da farra, na luta diária para garantir a nossa educação. Pequenos momentos que fizeram e fazem a diferença até hoje. Tenho tanto a agradecer a eles por tudo o que sou hoje. Pois quando me olho no espelho e sinto orgulho do caminho que estou seguindo, é o reflexo deles que vejo estampado. Emociona....de verdade. E eu gostaria, embora jamais consiga, agradecer por tudo o que fizeram. Talvez um dia, quando eu tiver filhos. Se eu conseguir criar um ser humano digno e honesto, estarei indiretamente agradecendo pelas lições que aprendi com meus 2 grandes mestres da vida.
Também lembrei dos amigos. São tantos, mas cada um com sua importância e com um espaço especial no coração. Amigos de escola, amigos de infância, amigos do bairro, do trabalho, jovens e maduros. Amigas do balé, da Gerdau, da Aiesec, do curso de Francês, amigos do acaso. Amigos de São Paulo, do Rio, Amigos de Portugal, amigos espalhados pelo Brasil e pelo mundo. Alguns que eu conheço há anos, outros que conheço apenas há alguns meses mas que são tão importantes quanto qualquer outro. São tantos e faço questão de manter contato porque a amizade precisa ser regada a cada dia. E para isso vale qualquer artifício, inclusive o uso da tecnologia:msn, orkut, celular. Qualquer coisa para estar em contato. Sinto muita falta de cada um!!!
Também lembrei dos meus relacionamentos, casos e namoros. Todos longos por sinal. Percebi que com cada um fui evoluindo e aprendendo algo novo. Com esse ciclo fui aprendendo a amar e percebi que obsessão, loucura, ciúmes são sentimentos que passam, com o tempo. Aprendi que tem coisas muito mais importantes do que paixão dentro de uma relação. Mais aprendi aos poucos, a cada ferida que se abria e que se fechava. Convivi com as diferenças e foi inevitável fazer comparação. Mas como é importante fechar o ciclo, viver o amor até o fim em cada relacionamento. É isso que te permite estar aberta para o próximo. E após pensar nas feridas....pensei nos bons momentos do meu atual namoro, que começou tortuoso mas que me nutre de um grande equilíbrio. Lembrei dos bons momentos ao lado do Xuxu, das viagens, das risadas, dos momentos de pura convivência e rotina. E ri....sozinha....de tudo. É bom esse sentimento de satisfação. Acredito que será uma relação eterna...porque vence até a distância e a saudade (que não são poucas).
Nossa....lembrei das festas de despedidas, das homenagens que foram tão lindas. Me vi questionando a Deus se eu realmente merecia tanta demonsotração de carinho. Foram tantos momentos bonitos desses que eu juro que não mereço. Eles fizeram eu me sentir muito especial. E mais uma vez eu tive a sensação de satisfação. Bom demais.
Ufa....pensei....pensei...pensei....em coisas que só um intercêmbio me permite fazer. E agradeço porque essa distância, esse vazio que ora me corrói, ora me preenche, me permitem valorizar cada minuto de vida, cada lágrima derramada, cada sorriso estampado. Porque no fundo estamos aqui de passagem e o mais importante é a sensação de estar construindo algo de últi. É a sensação de dever cumprido. E por tudo isso que aos 26 anos eu só tenho a agradecer.
Luto......
Braga, 05 de Julho de 2007.

Acabo de receber uma notícia triste. Certamente a mais triste que já tive até hoje. Minhas lágrimas não são suficientes para demonstrar tanta dor. Faltam palavras e pensamentos. Meu coração palpita, minhas mãos tremem. Meu pensamento só consegue fazer 1 única pergunta: Por que minha madrinha? Apesar de compreender que a vida não acaba aqui, que estamos apenas de passagem, não consigo acreditar como pode alguém tão especial, cheia de vida, cheia de sonhos e planos simplesmente partir num instante, num piscar de olhos. E eu nem pude estar lá para dizer “Adeus”, para demonstrar de alguma forma todo o amor e admiração que sentia por você, que me batizou quando eu ainda era um bebê e você uma adolescente.
Apesar das lágrimas e de toda essa dor que me corrói, sinto um alivio porque tenho a certeza que você partiu sabendo de todo o amor que eu sentia por você. Tanto....mas tanto....que era notório sempre que estávamos juntas. Mas sofro imensamente por lembrar que agora nossas demonstrações de carinho serão apenas nos sonhos e nas lembranças. Ah....tantas lembranças.....boas lembranças......de momentos únicos, conversas de amigas, desabafos, segredos. Ainda esta semana estava lembrando da gente no Samba e desejei do fundo do meu coração voltar para o Brasil para celebrarmos juntas mais uma vez a alegria que tanto gostávamos. Foram tantos momentos que eu me sinto realizada só pelo fato de algum dia ter tido a honra de lhe chamar de “DINHA”.
Recordo das minhas férias no seu apartamento, quando vinha de São Paulo e você sempre me esperava com a geladeira cheia de guloseimas, do seu colinho gostoso quando vinha me abraçar, das andanças na praia para ver os cachorros, dos nossos almoços. Lembro dos nossos planos para o futuro e da minha promessa de cuidar de você até o fim da vida, embora você insistisse que queria ir para um asilo. Lembro das nossas noitadas, boas noitadas com direito à muita dança e risada. Herdei de você o gosto pelas festas e lembro da nossa idéia maluca de reunir todos as pessoas especiais que passaram em nossa vida. Interessante perceber que você estava presente na minha vida nos momentos mais importantes: aniversário, formatura, apresentação de ballet, comunhão. Você já estava escalada para ser madrinha do meu casamento e também do meu primeiro filho. Mas o destino não permitiu que eu tivesse essa felicidade. Ainda assim você estará presente também nesses momentos, de alguma forma. Seja numa homenagem, seja no pensamento, seja no meu coração. Porque você foi uma mãe, uma amiga, uma companheira, minha confidente e estará sempre comigo.
Me sinto estranha, anestesiada, talvez pela distância. Na minha frente vejo nossa foto, que mantenho no meu quarto desde a primeira semana que pisei aqui. Ainda é difícil de acreditar que isso não é um pesadelo, mas a realidade nua e crua. E choro mais ao perceber que no meu retorno já não verei seu sorriso me esperando no aeroporto. Ou vê-la desembarcar aqui no Porto como havíamos planejado. Dói tanto...tanto. Mas aonde quer que você esteja, sei que estará ao meu lado, como um anjo, me protegendo. E rogo à Deus para que possamos nos rever nessa ou em outras vidas ainda na mesma família e com a mesma harmonia que temos.
Minha querida Dinha, TE AMO e amarei eternamente. E prometo-lhe que ainda sem a sua presença física, seguindo a tradição de todos os outros anos, o primeiro pedaço de bolo será SEMPRE seu. Assim poderei sentir a sua presença e relembrar mais uma vez do seu abraço aconchegante.Beijos da sua eterna afilhada Rosane
21 de agosto
Esta noite eu tive um sonho
Hoje sonhei com minha madrinha. Foi um sonho mais que desejado, que eu pedia todas as noites à Deus antes de dormir. Queria sentí-la pela última vez, saber se ela estava sofrendo, entender um pouco o que teria acontecido. Estranhamente não consegui acordar de manhã para trabalhar e de forma irresponsável, resolvi ficar na cama mais algumas horas. Acabei adormecendo e sonhei com ela me abraçando. O cenário era a casa da Tia Amélia. Nos abraçamos chorando e eu lhe segurei às mãos. Disse-lhe o quanto à amava e ela também me respondeu. Também me falou que estava bem e que já havia cumprido a sua missão. Fiquei tranquila, acordei calma, na certeza de que aquilo seria mais do que um sonho. Certamente foi um reencontro. Senti suas mãos, seu cheiro, seu abraço e era real demais para ser apenas um sonho.
Liguei para a Tia Amelia pq queria contar-lhe o sonho. Ela estava um pouco chorosa, mas calma. Mais uma lição de vida que me deixa, apesar de todo o sofrimento que já tem passado, não perde o rumo. Continua a caminhada por mais dura que seja. Essa minha tia é uma grande guerreira.
Supostamente esse turbilhão de acontecimentos me faz refletir sobre muitas coisas, sobre a vida, o perdão, sobre àquilo que realmente é importante na vida. Tem me feito ouvir mais minhas vozes interiores, tem me ajudado a entender meus dramas e meus demônios. Esta semana eu entrei no orkut e comecei a olhar àqueles amigos que há muito eu não falava. Fiz questão de deixar um recadinho para que eles saibam que eu não os esqueci. Escrevi algumas mensagens, liguei para outros. Busquei lembrá-los que eles tem alguém que os ama nesse planeta. Porque o amor que sentimos pelo próximo é o que realmente vale a pena e deve ser demonstrado.
Beijos. Até a próxima.

16 de agosto
Desabafo para a Aiesec (Postado na aiesec.net em 04/08/2007)
Estou aqui de volta um mês e pouco depois do último post. Dessa vez esse post vai ser um pouquinho diferente. Ele não vai ter um discurso otimista e feliz já que tive um mês de Julho difícil, mas achei importante deixar aqui esse meu relato bem reflexivo porque é bom para que vocês percebam que nem só de flores se faz uma experiência de intercâmbio.Então vamos começar. No dia 28 de Junho meus pais foram embora. Eu os deixei no aeroporto após longos choros e segui para o trabalho. Senti um vazio enorme no peito, um bolo na garganta. É uma sensação difícil de descrever, talvez seja a tal da saudade. Foi duro,difícil deixá-los após 1 mês de convívio diário. Engraçado pensar que esse intercâmbio me permitiu conviver dia-a-dia praticamente 24 horas com meus pais. Porque quando estamos em casa, nos envolvemos com trabalho, faculdade, eventos sociais, Aiesec e nem sempre temos tempo para nossos familiares. Então foi muito bom viver esses dias intensos com eles.No dia 04 de Julho eu fiz a minha mudança. Vim morar com uma amiga Brasileira e com outra amiga da Rep. Tcheca (que tb faz intercâmbio da Aiesec na mesma empresa). Estava tendo problemas com o pessoal da outra casa e foi um verdadeiro alívio mudar de quarto. Me empolguei na arrumação e decoração do quarto e dediquei várias horas para isso. No dia 05 de Julho à noite recebo um telefonema do meu Pai, pedindo para que eu fosse forte. Ele trazia uma notícia bombástica, a mais triste que recebi até hoje. Minha madrinha, minha querida Dinda, aos 41 anos tinha falecido. Como num passe de mágica, entrou no hospital sentindo uma forte dor de cabeça e não saiu mais. Difícil demais descrever minha reação naquele momento:era dor, saudade,revolta, tudo ao mesmo tempo. Foi como se meu mundo tivesse caído na minha cabeça. Jamais imaginaria receber esa notícia, ainda mais nessas circunstâncias: Distante daqueles que mais amo e sem poder fazer nada. Foi difícil, muito difícil. Nos dias que se seguiram me sentia um caco. Perdi a motivação do intercâmbio, tive vontade de voltar para casa. Nessa hora vc pensa que mais alguma coisa pode acontecer à sua família e vc está do outro lado do Oceano sem poder fazer nada. É muito ruim. Perdi o sorriso e a alegria diária e ia pro trabalho me arrastando. Além disso, não contei muito com a solidariedade dos meus chefes do trabalho. Eles nem se importaram muito com o que estava acontecendo e não diminuiram as cobranças. Mas felizmente tive o ombro amigo de alguns amigos que fiz por aqui:Marketa, Pedro, Carla, Camila, Rato, Galera da Aiesec,Léo, todos eles me ajudaram a amenizar um pouco a dor que eu estava sentindo. Mas o pior é que, apesar de me ajudarem muito a superar esse triste momento, eles não fazem idéia do que essa perda significa para mim. Eles não conheciam minha madrinha e nem sabiam a relação que eu tinha com ela. Então fica difícil descrever o que essa perda simboliza para mim.Hoje, após 1 mês do seu falecimento eu me sinto um pouco melhor. A motivação reduziu um pouco, mas sigo em frente lembrando que ela foi uma das pessoas que mais me deram força para a realização desse sonho Ando mais reflexiva, pensando que o tempo passa e a gente nem se preocupa em dizer às pessoas que amamos o quanto elas são importantes para nossa vida. Penso na vida, nos sonhos, nos planos para o futuro e vejo que a morte é inevitável e dela ninguém escapa. Que apesar de todo o planejamento de vida que fazemos, tem muita coisa que nos foge o controle e que não conseguiremos administrar. É a vida: na sua forma nua e crua que não nos poupa dos maus momentos nem mesmo durante uma experiência de intercâmbio, naquilo que seria o melhor momento da minha vida. Mas isso serve para uma reflexão à todos nós sobre "working abroad" porque quando nos lançamos numa experiência dessas, continuamos sujeitos aos problemas da vida comum. Não ficamos suspensos e quando voltamos tudo volta ao normal. Pelo contrário!! Nos afastamos por um tempo do nosso habitat e quando voltamos muita coisa mudou, principalmente nós mesmos, que vamos aprendendo a lidar com certas situações de forma diferente.O que posso garantir é que esta minha experiência está sendo intensa, em todos os sentidos. E agora ainda mais porque perdi uma das pessoas mais importantes da minha vida e tenho que "levantar a cabeça" e seguir em frente, apesar de toda a dor.Mas é a vida...e é bonita...é bonita...é bonita.

O tempo não pára......
Hoje é dia 15/08. Já se passou mais da metade do meu intercâmbio e isso me fez refletir um pouco sobre os últimos acontecimentos e sobre o tempo. Não tem jeito! Por mais que tentemos escapar, ele sempre está alí para nos mostrar que o hoje será diferente do amanhã e do depois. A vida passa num piscar de olhos e quando a gente menos imagina, já estamos com 80 anos, uma vida inteira passada de erros e acertos. Confesso que me admiro com a velocidade com que o tempo está passando na minha vida e isso me leva a crer que ele é realmente relativo. Quando lembro dos meus 20 anos, lembro como se já estivesse passado uns 15 anos pelo menos. Mas na verdade foram apenas 6 anos. Mas e quanta coisa foi feita nesses 6 anos? Tanto que até parece que eu já vivi 40 anos. Cada vez que temos mais responsabilidades, mais coisas para fazer, mais momentos bons, o tempo passa bem rápido, muito rápido. Quando sofremos, ele parece arrastar-se e um minuto parece uma eternidade. Uma vez um professor (saudaçoes querido Carino) me disse que a únida coisa que o ser humano tem em comum é o tempo, seja ele jovem, velho, rico, pobre, bonito ou feio. Que perante o tempo somos todos iguais, com 24 horas por dia. E que a diferença está justamente naquilo que cada um faz com as suas 24 horas. Não é mágico pensar que perante o tempo somos todos iguais? É a mais pura verdade. O que me dirá se serei feliz ou não é a boa utilização do meu tempo. E o que eu tenho feito com as minhas 24 horas? Estou me esforçando para utilizá-la da melhor forma possível.
Às vezes minha cabeça é um turbilhão de pensamentos. Penso em tantas coisas que eu nem sei por onde começar. Tenho tantas vontades e me esforço para realizar todas elas. Mas é difícil porque o tempo está ali, me dizendo que eu tenho limitações e que não sou imbatível. Faço listas de tarefas, me programo, planejo, mas quando pecebo, o tempo passou. Ele sempre passa. É inevitável!! Às vezes me pego pensando sobre o futuro e percebo que talvez não tenha tempo suficiente para realizar tudo o que quero. Penso na minha madrinha e no anos que ela teve para realizar sua obra. Fico me perguntando se ela soubesse que teria uma vida curta, o que mais teria feito para realizar tudo o que queria? Talvez ela tenha morrido sem cumprir seus principais desejos......ou talvez não. Disso eu nunca saberei pq transcende minha capacidade terrena. Só rezo todos os dias para que ela não se sinta infeliz por isso. Então chego à conclusão que cada dia é um novo dia e que devemos nos esforçar para fazer dessas 24 horas as melhores que já tivemos, porque elas passarão muito rapidamente e as próximas horas serão uma incerteza. Claro que devemos vivê-las com compromissos, sabendo exatamente das consequencias que teremos que arcar no futuro caso as nossas 24 horas sejam mais longas do que esperamos. O que eu digo é que não devemos deixar para amanhã para tirar àquela foto, ou fazer àquela viagem, dizer aos amigos o quanto eles são importantes, e aos pais o quanto eles são fundamentais. Hoje é o melhor momento para abrir aquele sorriso e admirar a paisagem. Porque hoje é o melhor dia para começarmos a trilhar o caminho da felicidade.

02 de agosto
Quantas lágrimas tenho derramado.........
Acabo de falar com o Marcelo. Ele finalmente conseguiu entrar na Irlanda, sem maiores perguntas, nem problemas. Está bastante empolgado e feliz pela nova aventura que se inicia. Eu estou aqui...em casa...pensando. Tive um mês de Julho difícil. Começou com a esperada mudança para a casa da Marketa e da Camila, que foram momentos bons. E alguns dias após recebo a triste notícia de falecimento da minha querida madrinha. Passei dias inteiros sem sorrir, chorando pelos cantos, lembrando dos momentos bons que passamos. Abracei por diversas vezes sua foto, como se quisesse senti-lá aqui perto de mim. E por mais que eu tentasse esquecer, sempre olhava para o lado e via um presente que ela havia me dado, lembrava do prato que ela costumava fazer, pensava na pequena rotina que eu costumava acompanhar ao seu lado conversando sobre a vida. Meus Deus: ela estava presente em tantos momentos que fica difícil não lembrá-la. E me dá uma dor tão grande por saber que não poderei sentir o seu carinho novamente, seu sorriso, seu cheiro, seu abraço. Fecho os olhos e sinto ela aqui pertinho de mim. Daria tudo para tê-la novamente ao meu lado. De noite na cama fico pensando nas homenagens que ainda quero fazer para ela. Mas a dor é muito grande. Acho que chorei todos os dias no mês de Julho: indo pro trabalho, na rua, no ônibus, na cama,no parque. É uma perda irreparável para mim. Confesso que perdi um pouco a motivação pelo intercâmbio e tive vontade de voltar. Sinto uma mudança de humor incrível. É como se as coisas não tivessem mais graça. Me tornei uma pessoa mais triste. Procuro levantar a "poeira" e retomar o ritmo, mas não é a mesma coisa saber que no meu retorno ela não estará lá. A parte boa dessa história toda é que agora eu converso com ela através da minha prece, como se ela fosse meu anjo da guarda que está lá em cima olhando por mim. Mas ainda assim é triste. Tenho vontade de sonhar com ela para reencontrá-la mesmo que por sonho.
Também me preocupo com meus tios porque fico imaginando que se está difícil para mim, imagina só para eles dois. Por mais que eu tente encontrar um explicação para tudo isso, não tem jeito. Não existe explicação. A verdade é que minha Dinha era uma pessoa muito especial que está fazendo muita falta. Eu tento seguir em frente porque sei o quanto ela torcia por mim na realização desse intercâmbio. E sei o quanto ela está lá em cima torcendo pela minha felicidade. E é por ela que eu vou continuar lutando diariamente até o fim.....Te AMO DINHA

10 de setembro
Sorria e Abane....
Tive um fim de semana produtivo. Para variar fiz listinha das tarefas que tinha e acabei por realizar quase todas (claro que sem contar com a pilha de roupa para passar que está em cima da cadeira). No Sábado fui ao Carrefour com a Lú fazer compras de mês, cozinhamos, saimos a noite. Também trabalhei bastante no fim de semana para o projeto da Aiesec. A semana será cheia de reuniões: amanhã uma com o Fábio para montar o planejamento estratégico da empresa dele, na terça com o Bê para conversar sobre meu futuro na Aiesec RJ, e na quinta lé em Porto para falar sobre o projeto da Aiesec. Após a reunião, um choppinho com o Pedro porque eu também não sou de ferro. Acho que a conversa com a Gabi Werner ajudou a focar as ações e também me fizeram perceber que o tempo é escasso e, por maior que seja a minha vontade, não vai dar para fazer tudo ao mesmo tempo.
Tive uma semana bem familiar. Na sexta (feriado no Brasil) liguei para casa na intenção de falar com meus pais, já que há algumas semanas não mantínhamos contato. Já estava com saudades. E fui surpreendida com a visita das minhas queridas tias e primos que estavam por lá também. Falei com a Tia Haydeé (aproveitei para desejar Feliz Aniversário com 1 dia de atraso), com a Tia Jane, Camila, Jaqueline, Larissa. E de "lambuja" ainda conheci meu novo priminho Mateus, filho da Lary. Que gracinha ver aquele rostinho fofo. É o milagre da renovação e da vida: Alguns morrem, mas outros nascem. E eu tenho a impresão que esse ano é de colheita para os Maias, afinal, são 7 bebês novos chegando na família. Pura renovação. Quem sabe o Tio Guerra, Tio Jorge e Tio Paulo não estejam pintando de volta na família. Hehehehehe......É só uma brincadeirinha.
Hoje também recebi o email resposta do meu irmão. Numa noite de crise pessoal eu pensei nele e resolvi escrever um email pedindo desculpas pelos erros, incentivando-o a continuar seguindo em frente e falando sobre a admiração que sinto por ele. Foi uma espécie de desabafo e eu não queria perder a oportunidade de demostrar os sentimentos que tive naquele momento. Mas acabei não enviando a mensagem na semana passada por uma questão de tempo. E na sexta resolvi enviá-la, afinal, o email foi escrito para ele. Fiquei emocionada com a resposta, apesar de não entender algumas palavritas de um irmão advogado. Sei que essa simples troca de emails vai fortalecer a nossa relação e o amor que sentimos um pelo outro.
Hoje foi dia de falar com a minha irmã e planejar a sua chegada para o fim do ano. Após várias semanas sem contato, conversamos sobre as possibilidades das festas de Natal e Ano-novo. E aí acabei sabendo por ela que recebo visitantes por aqui. Soube que ela, o César, Mamãe e Marlene acompanham minha trajetória além-mar por aqui. Então, aproveito a oportunidade para agradecer a visita de todos e para deixar um beijo bem especial. Prometo que agora vou caprichar nos relatos!!!
Eu e minha amiga Camila (A gauchinha que mora comigo) sempre usamos um slogan que os pinguins do filme Madagascar usam quando iam tirar fotografias. O slogan diz "Sorria e Abane". Então eu queria deixar o meu "Sorria e Abane" aqui para vcs.
Beijos e até a próxima.

07 de setembro
Pensando.....e pensando......
Quantos pensamentos: Não sei se caso ou se compro uma bicicleta

Eita semana complicada para a cabeça!! Meus pensamentos iam e viam numa velocidade imensa. Ansiedade, desespero, alegria, tristeza, sensação de missão cumprida e sensação de culpa por não ter feito tudo àquilo que planejei. Acho que entrei num momento delicado do intercâmbio. Ultrapassei a barreira dos 7 meses e veio àquela ansiedade de ver o tempo passando e ter a sensação que muita coisa ficou para trás, muitos planos não foram cumpridos. Cheguei a me sentir um pouco deprimida, mas minha amiga Marketa me ajudou a superar o momento com uma doce conversa. Ah, minha amiga Marketa!!! Quantas saudades sentirei da sua presença. Ela se foi, mas está aqui no meu coração. Chorei quando a vi partir, mas na certeza que nos reencontraremos em breve.
Ontem tive uma conversa com a Gabriela Werner. Queria entender um pouco como ela consegue desenvolver tanto em tão pouco tempo. Ela está me servindo como inspiração, uma espécie de mentora e estou me espelhando nela para alcançar meus objetivos. Nossa conversa foi ótima. Ela me ajudou a enxergar alguns pontos, me deu um norte. O Sábado será de reflexão total. Preciso colocar os parafusos no lugar e focar, porque o tempo está voando.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A filha perdida

Que se danem os nós.....

Para meu sogro Tuffy