10/03/2008- Primeiros passos em terras Germânicas

Pisei oficialmente em solo Germânico às 22:20 do dia 10/03/2008. Entrei no país sem nenhum controle de passaporte, para a minha surpresa. Eu estava feliz. Um pouco anestesiada e ainda lembrando dos 200 euros que acabara de perder no aeroporto de Lisboa. Ao sair da área de desembarque, me esperavam 4 jovens sorridentes da Aiesec. Finalmente conheci a Judith, meu contato até então. Ela é uma gracinha, linda, sorridente e muito simpática.
Fomos de trem até o Centro e deixei minhas malas no guarda-volumes da Estação. Dali seguimos para um bar. Encontramos um outro trainee também brasileiro que nos faria companhia naquela noite. No bar, fiz questão de pedir uma cerveja, afinal, queria um bom começo de intercâmbio. No Brasil, os alemães são conhecidos como bons cervejeiros e eu queria experimentar uma das tradicionais. Optei pela mais comum: a Beck’s. O sabor é bem parecido com a Skol brasileira e, diferente do que pensamos, eles tomam a cerveja gelada ou na temperatura ambiente (que nesse caso, oscila entre –1 e 0 graus J).
O frio era muito grande, mas eu estava protegida. A primeira vista, Hannover me pareceu uma cidade moderna e bem iluminada. E os alemães me pareceram simpáticos e alegres. Sentada no bar, num papel de guardanapo, tive minhas primeiras aulas de alemão e aprendi a dizer algumas palavras.
Depois seguimos para a casa da Judith, onde fiquei durante 4 dias. Na manhã seguinte já fomos tratar dos papéis: conta no banco, contrato para o dormitório, passe de trem. Eu só começaria meu estágio na sexta-feira. Passamos todo o dia andando e eu acabei conhecendo alguns pontos turísticos no Centro da Cidade.
De imediato, é uma grande confusão não entender absolutamente nada do que está escrito nos lugares. O alemão não tem a menor similaridade com o português, o que torna tudo uma grande aventura. Os nomes são tão complicados que fica difícil até mesmo para decorar. Até para fazer coisas simples como enviar uma carta, ou comprar um shampoo, é uma verdadeira guerra. A Judith me deu uma grande ajuda nesse início e me orientou em relação à muita coisa. Comecei a lembrar da Marketa e das sensações que ela tinha em relação ao português. Estou vivendo as mesmas sensações que ela. Engraçado!!
Na quarta fui encontrar com a Filipa em Hildesheim e acabamos vendo um apartamento na cidade para alugar. Comecei a me animar para morar sozinha. Vi que seria possível realizar essa minha meta aqui na Alemanha. Na quinta, quando fui para o dormitório de estudantes, essa vontade só se intensificou. Viver naquele ambiente sujo, desorganizado, cheio de ruídos, seria impossível. Talvez por ser meu 2 intercâmbio, acho que estou vivendo uma fase mais introspectiva. Além disso, acho que entrei numa fase de querer meu espaço e meu canto. Motivada por essa vontade, no sábado voltei à Hildesheim em busca de apartamentos. Foi divertido ligar para as corretoras e falando inglês, tentar marcar algumas visitas. Acabei tendo mais sorte do que eu imaginava. Até o momento tenho conseguido me “virar”. Em alguns momentos bate a saudade do Brasil e também de Portugal. Mas sei que essa será uma experiência importante e diferenciada. Por isso, sigamos com fé!!!

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